Rob Reiner, ator e diretor estadunidense indicado ao Oscar, morreu, aos 78 anos, ao lado da esposa, Michele Singer, de 68, na residência do casal, em Los Angeles, no último domingo, 14. A informação foi confirmada pelo governador da Califórnia, Gavin Newsom, que afirmou estar “de coração partido pela trágica perda”. Segundo fontes ouvidas pela Associated Press (AP), ambos apresentavam ferimentos provocados por faca, e o Departamento de Polícia de Los Angeles informou que o caso está sendo investigado como homicídio, sem detenções até o momento. De acordo com a revista People, o filho do casal, Nick Reiner, foi apontado como principal suspeito, informação que ainda será apurada pelas autoridades. Nick, segundo a publicação, possui histórico de problemas pessoais relacionados ao uso de drogas.
Indicado ao Oscar nos anos 1990, Reiner colecionou participações em filmes memoráveis, tanto como ator quanto como diretor. A seguir, relembre sua trajetória.

ROB REINER
INÍCIO
Robert Norman Reiner nasceu em 06 de março de 1947, no Bronx, em Nova York, nos EUA, em uma família judia profundamente ligada ao entretenimento: era filho do ator, comediante e diretor Carl Reiner e de Estelle Reiner. Criado em New Rochelle, no estado de Nova York, ele cresceu em meio ao ambiente artístico e, ainda jovem, decidiu seguir carreira no audiovisual. Estudou cinema na UCLA Film School e, no início dos anos 1960, trabalhou como estagiário no Bucks County Playhouse, dando os primeiros passos profissionais antes de pequenas participações na televisão.

TELEVISÃO
Ainda na década de 1960, Reiner apareceu em séries populares como Batman, The Andy Griffith Show, Gomer Pyle, USMC e The Beverly Hillbillies, além de atuar em filmes dirigidos pelo próprio pai. Paralelamente, começou a se destacar como roteirista no programa Smothers Brothers Comedy Hour, ao lado de Steve Martin. A consagração como ator veio nos anos 1970, quando interpretou Michael Stivic, o genro liberal de Archie Bunker em Tudo em Família. A série foi líder de audiência por cinco temporadas consecutivas nos Estados Unidos, entre 1971 e 1979, e o personagem rendeu a Reiner dois prêmios Emmy, além de múltiplas indicações ao Globo de Ouro.
CINEMA
A partir dos anos 1980, Rob Reiner consolidou-se como um dos diretores mais versáteis e influentes de Hollywood. Sua estreia na direção foi com o falso documentário Isto é Spinal Tap (1984), repleto de humor satírico. Em seguida, dirigiu projetos que atravessaram gêneros e gerações, como Conta Comigo (1986), A Princesa Prometida (1987), Harry & Sally: Feitos um para o Outro (1989), Louca Obsessão (1990) e Questão de Honra (1992), que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Filme. Muitos desses títulos foram produzidos por sua empresa, a Castle Rock Entertainment.

Nas décadas seguintes, Reiner manteve carreira sólida tanto atrás quanto diante das câmeras. Dirigiu filmes como Meu Querido Presidente (1995), Fantasmas do Passado (1996) e Antes de Partir (2007), além de atuar em produções de destaque como Sintonia de Amor (1993), O Clube das Desquitadas (1996), A História de Nós Dois (1999) e O Lobo de Wall Street (2013). Frequentemente aparecia em seus próprios filmes, especialmente no papel icônico do documentarista Marty DiBergi em Isto é Spinal Tap. Seu último trabalho como diretor foi Isto é Spinal Tap 2, lançado em 2025, poucos meses antes de sua morte.
VIDA POLÍTICA
Fora do cinema, Rob Reiner foi uma figura ativa no ativismo liberal nos Estados Unidos. Cofundou a American Foundation for Equal Rights, organização responsável por liderar o processo judicial que derrubou a Proposição 8 da Califórnia, restabelecendo o direito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo no estado. Também presidiu a campanha da Proposição 10, que criou o programa First 5 California, voltado ao desenvolvimento infantil financiado por impostos sobre produtos de tabaco, tornando-se um defensor público do combate ao tabagismo.
Ao longo das décadas, Reiner participou ativamente de campanhas democratas, apoiando nomes como Al Gore, Hillary Clinton, Joe Biden e atuando de forma crítica e constante contra Donald Trump após a eleição de 2016. Também integrou conselhos e iniciativas ligadas à responsabilidade social da indústria do entretenimento e a causas ambientais, mantendo uma presença política firme, pública e frequentemente controversa até os últimos anos de vida.
Ele deixa os filhos Jake (ator), Tracy (atriz), Romy (atriz) e o já mencionado Nick.

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