Faleceu no último sábado, 20, o premiado cineasta Norman Jewison, aos 97 anos. O realizador canadense, sete vezes indicado ao Oscar, atuou com regularidade entre os anos 1950 e início dos 2000, acumulando obras elogiadas, como No Calor da Noite (1967), Feitiço da Lua (1987) e Hurricane: O Furacão (1999), todas estreladas por grandes intérpretes de suas gerações. A causa de sua morte não foi informada. Relembre sua trajetória abaixo.
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Nascido na cidade de Toronto, no Canadá, em 1926, Norman Frederick Jewison se interessou pela arte ainda adolescente, atuando como ator e escritor de peças teatrais. Serviu na Marinha Real Canadense (1944-1945) durante a Segunda Guerra Mundial e, após ser dispensado, morou por uma temporada no Sul dos Estados Unidos, a convite de um amigo. No local, presenciou a segregação racial, experiência que influenciou seu trabalho posteriormente. Se formou em escrita na Universidade de Toronto e começou sua carreira na Inglaterra, como roteirista de TV. Em 1960, debutou como diretor de longas com o documentário The Fabulous Fifties.
No final dos anos 1960, após comandar diversos longas-metragens, foi reconhecido em Hollywood pelos filmes Os Russos Estão Chegando! Os Russos Estão Chegando! (1966), com Carl Reiner, Eva Marie Saint e Alan Arkin, e No Calor da Noite (1967), com Sidney Poitier e Rod Steiger. Os projetos, estrelados por grandes nomes da época, lhe renderam indicações a Melhor Filme e Melhor Direção, respectivamente, nas cerimônias do Oscar de 1967 e 1968. Nos anos 1970, realizou o polêmico Jesus Cristo Superstar (1973), musical que foi alvo de críticas e boicotes por parte de grupos religiosos mundo afora.
Alguns anos mais tarde, foi o responsável por dirigir um clássico dos anos 1980: Feitiço da Lua (1987). A obra garantiu o Oscar de Melhor Atriz a Cher. Outro destaque de sua filmografia é Hurricane: O Furacão (1999), cinebiografia, com Denzel Washington, que acompanha a trajetória de Rubin “Furacão” Carter, boxeador injustamente preso por assassinato. A última contribuição de Jewison aconteceu há mais de 20 anos, quando dirigiu o drama A Confissão, de 2003, protagonizado por Michael Caine. Viúvo desde 2004, ele deixa os filhos Jennifer Jewison, Michael Jewison (produtor), Kevin Jewison (cineasta).
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