Os trailers de Morbius (2022) não eram mesmo promissores. No entanto, nem eles nos prepararam para o quão fraco seria esse filme produzido pela Sony Pictures como parte do universo de vilões do Homem-Aranha. Mas, mesmo que o longa-metragem esteja sendo alvo de muitas críticas negativas, seu diretor ainda está disposto a defender a “cria”. Numa recente entrevista ao Insider, o sueco de ascendência chilena Daniel Espinosa falou sobre a expectativa maluca que recai sobre algo tão aguardado: “Quando fiz meu primeiro longa, me lembro de um dia ir para casa no metrô e tomar alguns drinques. Eu estava um pouco bêbado. Alguém me cutucou no trem e disse: ‘Tenho de dizer o que há de errado com a segunda cena do seu filme’, e eu fiquei tipo, ‘Bem, tudo bem’. O que quero dizer é: muito estranho é fazer algo tão público. Olha, tenho muito ódio por mim mesmo, então naturalmente tenho diversas críticas ao meu próprio trabalho. Estou sempre tentando me concentrar em ser melhor. Mas também tenho orgulho do que faço. Há partes em todos os meus filmes das quais estou muito orgulhoso”.

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“Dentro do desenvolvimento apressado da trama, vemos saltos temporais (as chamadas elipses) que abreviam desajeitadamente as coisas ao ponto de esvaziá-las – vide o que antecede a prisão do protagonista. Com direito a cenas alusivas a Batman Begins (2005) – a dos morcegos voando em torno do homem –, há também as sequências de ação beirando o incompreensível. A montagem desajeitada, os efeitos especiais de qualidade bem questionável, a ausência de vigor dramático em meio às batalhas visualmente confusas, tudo isso forma um conjunto tão frouxo quanto inofensivo. Por fim, o vilão que virou herói volta a ser vilão, DO NADA, numa das cenas pós-créditos”, conforme consta em nossa crítica que pode ser lida na íntegra aqui. Morbius arrecadou menos de U$S 40 milhões em seu fim de semana de estreia e alguns prognósticos apontam à dificuldade de alcançar a casa dos U$S 100 milhões. E a gente sabe que, na esfera dos blockbusters, não há nada mais venenoso do que um fracasso comercial.

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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