Após anos de pré-produção, o live-action Lilo & Stitch (2025) está prestes a desembarcar nos cinemas. A partir de 22 de maio, a obra, baseada em Lilo & Stitch (2002), poderá se tornar um dos grandes sucessos de bilheteria da temporada. Mas os desafios são grandes, visto que a nova empreitada tem não só novos fãs para capturar, como também precisa agradar a geração anterior, hoje crescida e que também quer conferir a empreitada.
Mas quais serão as grandes diferenças entre os dois projetos? Aliás, e quais as grandes semelhanças? Dean Fleischer Camp respondeu algumas em entrevista à Entertainment Weekly. Siga o fio e confira!
Em 2025, a dupla de cineastas Dean DeBlois e Chris Sanders, de Lilo & Stitch (2002), dão espaço para Dean Fleischer Camp como diretor principal. Camp ficou famoso por ser a mente criativa por trás de Marcel, A Concha de Sapatos, lançado em 2021. A obra concorreu ao Oscar de Melhor Animação em Longa-Metragem em 2023, perdendo para Pinóquio por Guillermo del Toro.
O “TRUQUE” DO DIRETOR
Segundo a própria Disney, Lilo & Stitch deverá manter “sua essência central”. O enredo continuará focado na amizade entre Lilo, uma garota havaiana solitária, e Stitch, um experimento alienígena fugitivo que ela adota como animal de estimação. Juntos, eles exploram temas profundos como família, lealdade e pertencimento. E Dean Fleischer Camp segue numa linha conciliadora. Segundo ele, o “verdadeiro truque é tentar fazer um filme que rime muito bem com o que as pessoas lembram do original, sem apenas fazer uma cópia exata”.
STITCH
“O foco dele é a destruição, e grande parte da comédia do Stitch vem desse impulso”, explicou Camp. “A violência, na verdade, é muito difícil de fazer, ela simplesmente se desenvolve de forma muito diferente. Em um filme de animação, você poderia ter um acidente de carro com 10 carros realmente engraçado, mas eu desafiaria qualquer diretor de live-action a fazer um acidente de carro com 10 carros realmente engraçado. Tínhamos que descobrir maneiras de suavizar as coisas que não funcionavam em live-action, mas também encontrar coisas novas que pudéssemos fazer e que o filme de animação não conseguiu”.
O RELACIONAMENTO DE LILO E NANI
Dean destacou a chance de aprofundar os “relacionamentos humanos”, especialmente entre as irmãs Lilo e Nani, que se tornam o centro emocional da narrativa. Mantendo a essência da animação original – a história de uma menina solitária que encontra amizade e sentido ao adotar um alienígena travesso – o novo longa investe mais na “densidade emocional e realismo do vínculo entre as personagens, sobretudo diante de temas delicados como a ameaça da separação por serviços sociais”. Segundo o diretor, essa abordagem “exige autenticidade para que o público acredite plenamente na conexão entre as irmãs”.
POLÊMICA
Outra alteração significativa diz respeito à representação cultural. A escolha de Sydney Agudong para interpretar Nani gerou debates sobre colorismo, pois, na animação, Nani possui pele mais escura e traços indígenas marcantes. Até o momento, a Disney não deu resposta a essa controvérsia.
PRECAUÇÕES
No que tange às cenas específicas, a Disney já demonstrou preocupação com a segurança e a mensagem transmitida às crianças. Por exemplo, em versões anteriores da animação, uma cena em que Lilo se escondia em uma secadora de roupas foi alterada para evitar que crianças imitassem o comportamento.
JUMBA E PLEAKLEY
No live-action, Jumba Jookiba e o Agente Pleakley – interpretados por Zach Galifianakis e Billy Magnussen – são enviados pela Federação Galáctica para recuperar o Experimento 626, o alienígena fugitivo Stitch. Diferente da animação, em que mantinham formas alienígenas e se disfarçavam com roupas humanas, os personagens agora aparecem com aparências humanas criadas por computação gráfica. Sobre a reação dos fãs ao breve trecho do trailer, o diretor Dean Fleischer Camp afirma: “os fãs da Disney estão entre os mais obcecados do mundo. Então, acho que o fato de eles pensarem: ‘Mas peraí! Eles não mostraram muito de Pleakley. Isso é ruim?’ É um sinal de que acertamos em cheio no design do Stitch”.
Camp revela que sua equipe chegou a testar a renderização dos alienígenas Jumba e Pleakley em computação gráfica usando roupas humanas, mas os resultados pareceram “um pouco longe demais”. Ele esclarece: “o humor deles andando pelo Havaí vestidos com esses disfarces terríveis, onde Pleakley ainda tem um olho, é um pouco mais difícil de acreditar em live action”. Camp também menciona limitações orçamentárias que influenciaram a decisão: “se você tem Jumba e Pleakley disfarçados de alienígenas, vai ter que reduzir o trabalho de desenvolvimento que pode fazer em Stitch e nesses outros elementos”. Apesar disso, ele garante: “não é que eles não sejam alienígenas no filme. Você definitivamente vê Jumba e Pleakley em suas formas alienígenas em boa parte do filme, mas eles estão em trajes de pele humana em parte dele”.
Vale lembrar que Lilo & Stitch chegou aos cinemas em 2002 para se tornar uma das animações mais populares daquela década – além de sucesso de bilheteria, arrecadando US$ 273,1 milhões ao redor do globo (sob orçamento de US$ 80 milhões). Já a aposta de 2025 é um tanto maior, com investimento de US$ 150 milhões – umas das mais altas dos estúdios Disney no ano. Será que Lilo & Stitch vai se tornar um live-action fenômeno de bilheteria como A Bela e a Fera (2017) e O Rei Leão (2019)? Ou vai seguir o caminho dos bem menos lucrativos Dumbo (2019) e o recente Branca de Neve (2025)? Nos resta aguardar.
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