25 jan

Depois de fazer sua estreia mundial online durante o 25º Festival de Tiradentes, o curta amazonense Curupira e a Máquina do Destino (2022) já está de malas prontas para fazer sua a estreia em telonas internacionais. No fim do mês de março ele será exibido no Vilnius International Film Festival, em Vilnius, na Lituânia e em seguida será projetado no Glasgow Film Festival, na Escócia, dentro de um programa sobre Ecologia e fins de mundo, na esteira da COP26. Rodado no Amazonas, o filme observa o encontro inusitado entre uma curupira e o fantasma encarnado de Iracema, a personagem principal do filme Iracema: Uma Transa Amazônica (1981), de Jorge Bodanzky e Orlando Senna. O espectro do passado determinado pelos desmandos dos militares que comandavam a ditadura no Brasil parte nas estradas ainda marcadas para encontrar curupira e vingar-se no futuro.

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Transitando entre a ficção e o documentário, Curupira e a Máquina do Destino é dirigido por Janaina Wagner, artista plástica e realizadora audiovisual com pesquisas em diversos suportes de mídia, tais como vídeo, fotografia, desenho, instalações, cenografia e pintura. De acordo com o material enviado à imprensa, “o ponto nevrálgico de seu trabalho são as relações de limite, controle e contenção que o humano estabelece com o mundo”. Ainda não há previsão se o curta-metragem será novamente exibido no Brasil, mas se espera que ele seja selecionado a alguns outros eventos, especialmente por sua reflexão sócio-político-ecológico-histórica.

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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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