A 20ª Mostra de Cinema de Ouro Preto chegou ao fim na noite desta segunda-feira, 30, encerrando uma edição especial que celebrou duas décadas de história com uma importante novidade: a estreia da mostra competitiva de longas-metragens. A cerimônia de encerramento reuniu celebridades, representantes da cidade, profissionais do setor e a imprensa, em um clima de celebração.
O grande destaque da noite foi o documentário Paraíso, dirigido por Ana Rieper, que conquistou o prêmio de Melhor Filme concedido pelo júri oficial. Essa é a primeira vez que a Cine OP entrega um prêmio competitivo, marcando um novo capítulo na trajetória do festival. A inclusão da premiação simboliza um novo direcionamento da Mostra para os próximos anos. A iniciativa busca ampliar a visibilidade dos esforços em preservação audiovisual no Brasil, além de fortalecer a organização do setor e fomentar discussões essenciais que atravessam o campo do audiovisual e da memória cultural.
CINE OP 2025: ANA RIEPER E PARAÍSO
Emocionada, Rieper subiu ao palco, na Praça Tiradentes, para receber o troféu e revelou que Paraíso levou dez anos para ser concluído. A diretora destacou o trabalho coletivo por trás da produção, majoritariamente formado por mulheres, e celebrou o reconhecimento como uma recompensa ao esforço de toda a equipe. Antes de ser consagrado em Ouro Preto, o documentário já havia sido exibido no Olhar de Cinema 2025, em Curitiba, onde também integrou a mostra competitiva, mas saiu de lá sem prêmios.

Paraíso mergulha nas heranças da condição colonial brasileira que ainda moldam a vida cotidiana, costurando crítica social e senso de humor. A narrativa do filme se apoia na música e em um amplo uso de materiais de arquivo, de naturezas e origens diversas, para conduzir o público por uma jornada que escancara as relações históricas de dominação, atravessadas pela posse de terras e de pessoas.
CINE OP 2025: BALANÇO
Durante a cerimônia de premiação, o prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo, elogiou a criação do prêmio competitivo da Cine OP, destacando o marco que ele representa para o festival e para o cinema nacional. Ele também aproveitou o momento para homenagear os 130 anos do Arquivo Público Mineiro, ressaltando a relevância da preservação histórica como pilar para a construção da identidade cultural brasileira.

Em seu discurso, Oswaldo anunciou novidades para o cenário audiovisual da cidade. A sala de cinema do Museu da Inconfidência passará a levar o nome do cineasta Joaquim Pedro de Andrade, figura central do cinema novo brasileiro e profundamente ligado à história de Minas. Além disso, de acordo com ele, as obras de revitalização do Cine Vila Rica, um dos espaços históricos mais emblemáticos de Ouro Preto, serão aceleradas. O prefeito também reafirmou o compromisso da sua gestão com o fortalecimento da cultura e da educação local, segundo ele, mencionando a criação de um curso superior de cinema na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).
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