Cine OP 2025 :: Crise climática e futuro do audiovisual entram em pauta

O sábado da 20ª edição do Cine OP foi marcado por um debate essencial para quem produz e consome cinema: de que forma a crise climática em curso pode impactar o audiovisual brasileiro. O tema ganha urgência diante dos riscos que o aquecimento global impõe à preservação cultural, especialmente ao já delicado acervo da memória cinematográfica do país.

CINE OP 2025: DEBATES

Participaram da conversa Luciana Macêdo, chefe da divisão de sustentabilidade do Ibram; Adauto Soares, coordenador da Unesco; e Rita Mesquita, secretária Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Eles discutiram os efeitos diretos de eventos extremos, como as recentes enchentes no Rio Grande do Sul, as ondas de calor e o aumento do nível do mar, sobre museus, arquivos e instituições dedicadas à memória.

A proposta do encontro foi pensar soluções de longo prazo para enfrentar esse cenário desafiador. O audiovisual, por sua natureza tecnológica e sensível ao ambiente, está entre os setores mais vulneráveis às mudanças climáticas. Refletir sobre isso é não apenas necessário, mas urgente, para garantir que a memória cultural continue acessível às futuras gerações.

Em outra mesa a conversa se deu sobre outro assunto de extrema importância: o audiovisual LGBTQIAPN+. Para esse debate, a atriz Anne Mota, do filme teen Alice Júnior, da Netflix, e outros convidados celebraram o Mês do Orgulho para o lançamento da 65ª edição da revista Filme Cultura, focada na valorização e respeito do cinema queer brasileiro. 

E na última parte do debate Elas Dirigem o Riso, diversas atrizes e cineastas convidadas voltaram a debater o tema central desta edição da Cine OP: a valorização do olhar feminino na comédia brasileira. A diretora Cris D’Amato, de filmes como A Sogra Perfeita (2021), se disse emocionada em estar em um evento tão significativo para a preservação e memória do cinema: “é muito importante a comédia participar deste festival. Por muitos anos foi um gênero deixado de lado, agora valorizamos. Que haja muitos festivais como esse de Ouro Preto”. 

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