Há alguns anos a discrepância salarial entre homens e mulheres em Hollywood era algo que não chegava até as discussões públicas. Felizmente, esse cenário está mudando, com o assunto sendo constantemente alvo de atenção da imprensa e dos espectadores. Inclusive, porque ele espelha um abismo que acontece em quase todos os setores trabalhistas. Recentemente, numa recente entrevista à revista Insider, a atriz Bryce Dallas Howard afirmou que recebeu bem menos do que seu colega Chris Pratt para aparecer em Jurassic World: Reino Ameaçado (2018), a continuação da nova saga Jurassic World. Contrariando uma informação divulgada pela revista norte-americana Variety, de que teria recebido US$ 8 milhões pelo trabalho enquanto o colega homem recebera US$ 10 milhões, a atriz disse: “Esses relatórios são curiosos, porque recebi muito menos do que eles dizem, muito menos (…) Quando comecei a negociar estávamos em 2014 e era um mundo diferente. Eu estava em grande desvantagem. E, infelizmente, você tem que se assinar para três filmes, e então seus acordos são definidos antecipadamente”.

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Mas, Bryce Dallas Howard também fez questão de dizer que, uma vez ciente da discrepância, Chris Pratt foi fundamental para que ela conseguisse uma paridade de remuneração todas as vezes em que os contratos previam outros ganhos não acordados antes: “Sempre que havia uma oportunidade de mexer a agulha sequer em coisas que ainda não haviam sido negociadas previamente, Chris literalmente me dizia: ‘Você não precisa fazer nada. Nós vamos receber o mesmo e você nem precisa pensar sobre isso, Bryce‘. E eu o amo tanto por fazer isso. Realmente amo, porque fui paga mais por esse tipo de coisa do que necessariamente pelo filme”. Vale lembrar que Jurassic World: Reino Ameaçado custou cerca de US$ 170 milhões e arrecadou impressionantes US$ 1.3 bilhão nas bilheterias mundo afora. A discussão sobre disparidade salarial é importante e merece toda a nossa atenção.

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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