Borat 2: Sacha Baron Cohen quer Maria Bakalova no Oscar

Muita gente deve ter achado que ver Borat novamente na ativa seria chover no molhado. Mas, Borat: Fita de Cinema Seguinte (2020), sequência do longa-metragem no qual o personagem surgiu, que estreou recentemente no Amazon Prime Vídeo, vem causando burburinho, inclusive entre a crítica. Nosso editor Marcelo Müller, por exemplo, adorou o filme: “alterna momentos espetaculares, tais como a invasão do comício do vice-presidente republicano Michael Pence, e pequenos movimentos equivalentes em força, vide a fala do pastor contrário ao aborto diante de uma confusão de comunicação que o faz acreditar num abuso parental”. E quem vem chamando a atenção é a atriz búlgara Maria Bakalova, intérprete de Tutar, a filha de Borat que passa por uma verdadeira transformação nos Estados Unidos que faz vista grossa para abusos parentais, mulheres em jaulas e uma série de outras arbitrariedades. Há quem diga que a revelação pode pintar no Oscar 2020. Se depender de Sacha Baron Cohen, ela já está lá.

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Maria Bakalova venceu a disputa com outras 600 mulheres que participaram do teste em Londres para interpretar Tutar. E, de acordo com os relatos da produção, passar-se por jornalista e convencer pessoas desavisadas, inclusive num posterior tour pela Casa Branca, foram circunstâncias decisivas para ela ser escolhida. Numa recente entrevista ao programa Good Morning América, Sacha Baron Cohen se derramou em elogios à colega que estava ao seu lado: “Ela é uma atriz notável. É uma das mais corajosas da história. Se não for indicada ao Oscar, será uma farsa. Maria tem a capacidade de te fazer chorar numa cena. Durante a filmagem do rompimento, por exemplo, tive de parar porque me senti muito emocionado. Ela de fato é única. Imagine só você, vir pela primeira vez aos Estados Unidos, atuar diante de pessoas reais em várias situações aterrorizantes. E ela superou tudo isso. Se trata de uma revelação enorme”. A gente também apoia Maria Bakalova no Oscar 2021. E você?

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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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