O roteirista Bo Goldman morreu nesta terça-feira, 25, na Califórnia, Estados Unidos, aos 90 anos. A causa da morte não foi divulgada, mas a informação foi confirmada pelo genro de Goldman, o cineasta Todd Field. Nascido na cidade de Nova Iorque, nos EUA, ele começou a sua carreira no teatro, mais especificamente com projetos da Broadway, logo depois assinando alguns roteiros de séries televisivas como Playhouse 90 (1956-1961), na qual também atuou como produtor associado. A migração para o cinema foi natural, mas aconteceu apenas em 1975 quando ele foi convidado para adaptar aos cinemas o livro Um Estranho no Ninho, projeto que iria ser dirigido por Milos Forman e protagonizado por Jack Nicholson. Por esse trabalho, Goldman recebeu apenas US$ 8 mil, mas o imediato reconhecimento da indústria do entretenimento, cujo ápice foi a vitória do Oscar de Melhor Roteiro.

Um Estranho no Ninho

LEIA MAIS
Tony Bennett, lenda do Jazz e vencedor de dois Emmys, morre aos 96 anos
Jane Birkin, cantora e atriz inglesa, morre aos 76 anos
José Celso Martinez Corrêa, ícone do teatro brasileiro, morre aos 86 anos

Bo Goldman ainda participou de outros projetos do cinema, tais como A Rosa (1979), A Chama que não Se Apaga (1982), Segundo Turno (1984), Espiões sem Rosto (1988) e Mar em Fúria (2000). Voltando ao Oscar, ele venceu sua segunda estatueta da maior festa do cinema hollywoodiano pelo trabalho em Melvin e Howard (1981) e foi indicado pela terceira vez por Perfume de Mulher (1993). Em entrevistas durante a sua carreira, Goldman disse que começou o roteiro de A Época do Ragtime (1981), mas desistiu do projeto, além de ter sido convidado para escrever Kramer vs. Kramer (1979) e Gente como a Gente (1980), trabalhos que acabou não aceitando por motivos diversos. Bo Goldman deixa o filho Justin Ashforth (ator) e as filhas Serena Rathbun (escritora e figurinista casada com Todd Field) Mia Goldman (montadora), Diana Rathbun (produtora) e Amy, além de sete netos e três bisnetos.

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
avatar
Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *