20201217 yu yu hakusho papo de cinema

“O corre-corre da cidade grande, tanta gente passa, estou só! O vento sopra pelo campo e traz uma lembrança sua, estou só! Já nem sei dizeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeer qual desses lugares me dói mais, mas sei me decidir porque cresci Sou forte, estou pronto a lutar!”

Quem viveu intensamente a febre dos animes na televisão brasileira nos anos 1990 certamente conhece (e provavelmente adora) Yu Yu Hakusho (1992-1995) e deve ter aberto aquele sorrisão de nostalgia com o primeiro verso da música de abertura transcrito acima. Inspirada no mangá homônimo de Yoshihiro Togashi, publicado entre 1990 e 1994, a série animada foi um dos grandes sucessos da extinta Rede Manchete, emissora responsável por trazer outros hits nipônicos ao Brasil, tais como Cavaleiros do Zodíaco (1986-1989), Shurato (1989-1990), Sailor Moon (1992-1997), além dos tokusatsu Flashman (1986-), Changeman (1985-1986), Kamen Rider (1971-), Jiban (1989-), Jiraya (1988-), Jaspion (1985-). Pois bem, nesta quarta-feira, 16, a Netflix anunciou que produzirá um live-action de Yu Yu Hakusho. Não foram dados maiores detalhes, tampouco se o planejamento é para uma série ou um longa-metragem. Os fãs já começaram a se manifestar na internet, demonstrando principalmente apreensão e expectativa para que a gigante do streaming disponibilize o anime em seu catálogo.

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O protagonista de Yu Yu Hakusho é Yusuke Uramesh, jovem delinquente de 14 anos morto ao salvar uma criança de um atropelamento. Após tomar contato com o mundo espiritual, ele é restituído à vida e passa a desempenhar a função de detetive espiritual, encarregado de investigar casos envolvendo fantasmas e demônios que tocam o zaralho entre os humanos. Para se ter uma ideia do sucesso, os mangás de Yu Yu Hakusho chegaram a ter mais de 50 milhões de edições vendidas apenas no Japão, se tornando uma febre enorme. A Netflix vem trabalhando bastante com derivados de mangás, nem sempre com um resultado feliz. Suas versões de Death Note e Cavaleiros do Zodíaco, por exemplo, são BEM questionadas pelos fãs dos originais. Vale lembrar que, até segunda ordem, segue em produção também uma série live-action baseada no sucesso Cowboy Bebop (1988-1999), por muitos considerada uma das melhores (senão a melhor) série animada japonesa de todos os tempos. Netflix, por favor, não pisa na bola.

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.
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