Crítica


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Sinopse

Alex e Rosie cresceram juntos em Londres, compartilhando suas melhores experiências. Tudo muda quando ele ganha uma bolsa de estudos nos EUA. Separados, seus caminhos são outros. Mas hoje é impossível não permanecer conectado. E em se tratando de amor, o difícil é fazer as escolhas certas.

Crítica

Apesar do que anuncia o título em português, a história de Simplesmente Acontece não “simplesmente” acontece – a trama se estende por doze anos. Portanto, para se chegar a um desfecho na jornada de Rosie (Lily Collins) e Alex (Sam Claflin), muita coisa tem que ocorrer. Tudo começa no 18º aniversário dela, quando o casal troca seu primeiro beijo, depois de passarem a maior parte de suas vidas como amigos inseparáveis. O problema é que Rosie está bêbada demais para se lembrar da ocasião. A partir daí, o espectador acompanha um jogo novelesco de idas e vindas sentimentais.

A primeira oportunidade desperdiçada de final feliz é quando os dois planejam ir estudar juntos nos Estados Unidos e deixar para trás a pequena cidade inglesa onde moram. Na festa de formatura, já no meio dessa situação delicada em que ninguém quer se expor demais, ambos acabam com outros acompanhantes. O resultado do desencontro – com a colaboração de um acidente com o preservativo – é uma gravidez indesejada, que Rosie esconde de Alex.

Assim se desenrola o roteiro, com uma série de problemas de comunicação entre os protagonistas, o que os impede de ficarem juntos. A partir de certo ponto, os desencontros testam a paciência do espectador e a vontade é de entrar na tela para resolver tudo pelos personagens, uma dupla de incompetentes sentimentais.

Nesse sentido, Simplesmente Acontece fez uma boa opção de abreviar a ação para um pouco mais de uma década, uma vez que o livro original narra a história no decorrer de 45 anos. Por essa razão, o romance de Cecelia Ahern deve ser um esforço hercúleo de paciência. Outra consequência da diminuição do intervalo cronológico é o uso de um elenco fixo. Nesse caso, a dupla de protagonistas encontra-se em opostos etários. É difícil acreditar em Lily Collins como a mãe solteira balzaquiana do final do filme. Por outro lado, o juvenil estudante vivido por Sam Claflin no começo do longa é risível. Depois de Boyhood: Da Infância à Juventude (2014), a exigência do público ficou maior.

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é formado em Audiovisual pela ECA/USP. Escreve para os sites BRCine e SaraivaConteúdo, além de colaborar para a revista Preview. Participa do programa Quadro a Quadro na TV Geração Z e de videoposts do canal Tateia. Tem experiência em sites (UOL Cinema, Cineclick e GQ), revistas (SET, Movie e Rolling Stone) e televisão (programas Revista da Cidade e Manhã Gazeta).
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Grade crítica

CríticoNota
Edu Fernandes
5
Chico Fireman
6
MÉDIA
5.5

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