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Sinopse
Recém Chegada: Lucy Hill (Renée Zellweger) é uma executiva ambiciosa. Ela imediatamente aceita uma oferta de trabalho temporário em uma fábrica que passa por um processo de reestruturação, ao perceber que pode ser uma grande chance para uma carreira promissora. Só que ao iniciar o trabalho ela percebe que nada é da forma que lhe prometeram.
Crítica
Renée Zellweger está numa encruzilhada. Depois de ser campeã de bilheteria e conquistar um Oscar, tem enfrentado uma baixa nos últimos anos. E o novo Recém Chegada é um bom exemplo deste período fraco: é um filme bobinho, clichê e inofensivo. Tudo é completamente previsível – qualquer espectador que preste um mínimo de atenção conseguirá adivinhar com bastante antecedência qualquer reviravolta da trama. Mas, apesar dessa falta de inspiração no roteiro, o carisma da protagonista continua intacto, e desde que a plateia esteja munida de boa vontade e baixo espírito crítico será perfeitamente possível se divertir e até dar umas boas risadas durante estes 90 minutos de enredo.
Renée começou a chamar atenção como coadjuvante ao lado de nomes consagrados como Tom Cruise (Jerry Maguire, 1996) e Meryl Streep (Um Amor Verdadeiro, 1998), despertou a curiosidade da crítica em A Enfermeira Betty (2000) e ficou definitivamente popular em O Diário de Bridget Jones (2001). Na sequência acumulou outras indicações ao Oscar (Chicago, 2002), uma estatueta dourada (Cold Mountain, 2003) e mais um sucesso de público (Bridget Jones: No Limite da Razão, 2004). Desde então, no entanto, seus únicos destaques têm sido como dubladora em desenhos animados (O Espanta Tubarões, 2004, Bee Movie, 2007, e Monstros Vs. Alienígenas, 2009) e participações discretas em filmes de pouca repercussão, como Miss Potter (2006) e Appaloosa: Uma Cidade Sem lei (2008). Recém Chegada é mais um integrante desta última turma, um longa feito para capitalizar em cima do potencial de estrela da atriz, mas que não é feliz em nenhum dos seus objetivos.
A personagem principal é Lucy Hill, uma executiva de uma indústria de alimentos na ensolarada Miami que é enviada para o interior da nevada Minnesota para tentar modernizar uma fábrica. Ao chegar lá, obviamente entra em conflito com os moradores e funcionários, temerosos por uma demissão em massa, ao mesmo tempo em que aprende a conviver com hábitos mais tradicionais e simples. Como é também fácil de imaginar em roteiros assim, o único homem interessante da cidade é solitário (no caso, viúvo) e, após um desentendimento inicial, os dois não conseguirão mais negar a atração que sentem um pelo outro e apostarão neste relacionamento que promete mudar as vidas de ambos, agregando novos valores e sentimentos.
Recém Chegada teve um desempenho irrisório nos cinemas norte-americanos, tendo faturado pouco mais de US$ 16 milhões de dólares. No resto do planeta uma produção assim só entra em cartaz por causa da aposta de que sempre haverá um espectador interessado em conferir mais do mesmo, desde que os rostos à frente do elenco sejam facilmente reconhecíveis. Além de Zellweger, há ainda o cantor-metido-a-galã-de-cinema Harry Connick Jr., que já viveu este mesmo papel diversas vezes (a última foi em P.S. Eu Te Amo, em 2007), além dos ótimos Siobhan Fallon (Violência Gratuita, 2007) e J.K.Simmons (Queime Depois de Ler, 2008). Por fim, temos no comando desta pataquada o europeu Jonas Elmer, estreando em Hollywood. Seu crédito mais interessante antes disso foi ter feito em 2005 a comédia “Nynne”, conhecido como “a versão dinamarquesa de Bridget Jones”. Ou seja, dá pra entender o por quê dele ter sido convocado para esta recente tarefa.


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