Poltergeist: O Fenômeno
Crítica
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Sinopse
Uma família passa a ser visitada por fantasmas em sua casa, que inicialmente se manifestam apenas movendo objetos, mas gradativamente vão aterrorizando cada vez mais, chegando a "sequestrar" a caçula.
Crítica
Essa crítica está sendo escrita em 2015, ano que chega uma nova versão de Poltergeist: O Fenômeno, mas o autor teve a oportunidade de assistir o original no ano de seu lançamento, em 1982, nos cinemas e, depois, novamente no bom e velho VHS, companheiro de tantas sessões. E sabe o que é mais impressionante? Mais de 30 anos depois, o filme ainda tem poder de impactar as pessoas. Isso é um fenômeno. E um perigo para o novo projeto.
Na história, como muitos já sabem, um corretor de imóveis e sua família passam por uma experiência sobrenatural dentro da própria casa, que culmina com o "sequestro" da filha mais nova pelas forças do além. Apavorados, eles contratam um time de paranormais e um deles consegue descobrir uma maneira de salvar a pequenina, através do amor que une a família. Só isso será capaz de neutralizar o poder da besta, interessada na luz que emana da criança cheia de vida, sonhos e pureza.
Dentro desse contexto, o espectador vai entrando no clima junto com os protagonistas, propositalmente não muito conhecidos para não deixar você perder o foco, e a experiência é muito boa. Por mais que alguns efeitos especiais estejam datados, ainda é possível observar como foram bem feitos, na época, e o porquê de terem dado resultado. Entre as muitas conquistas, o título foi a maior bilheteria daquele ano e algumas cenas entraram para a história, como as duas da televisão, de puro suspense, a do palhaço, de arrepiar, e a da piscina, de extrema agonia. O lado ruim – e que para alguns pode parecer bom – foi que "grudou" nele uma certa aura de maldito, pois a jovem que fazia a irmã mais velha (Dominique Dunne) morreu no mesmo ano, estrangulada pelo namorado, e a fofinha Heather O'Rourke, que eternizou a Carol Anne e frases como "Mamãe, onde você está?", morreu no mesmo ano de lançamento de Poltergeist III: O Capítulo Final (1988).
Maldito ou não, o sucesso da produção de US$ 11 milhões é incontestável e o mérito pode estar numa inusitada união. Com contrato fechado para rodar E.T.: O Extraterrestre (1982), Steven Spielberg não podia dirigir Poltergeist: O Fenômeno, uma história sua, baseada em seus medos de infância. Ele escreveu o roteiro com dois desconhecidos e desenvolvendo tudo, dividindo tarefas com o diretor contratado Tobe Hooper, muito conhecido pelo clássico O Massacre da Serra Elétrica (1974). O que se viu na tela foi um longa de suspense memorável, com viés espírita (você pode discordar), pequena dose de humor (é Spielberg), e trilha sonora inspirada de um bamba, Jerry Goldsmith, em total harmonia com sequências e planos muito bem elaborados, como aquele (conjunto) da mãe no corredor tentando se aproximar da porta do quarto. São apenas algumas das razões para estar na lista dos poucos filmes do gênero indicados ao Oscar. Obrigatório.
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Sempre quis que esse clássico fosse reexibido nos cinemas. Pois não pude ter essa experiência, pela a pouca idade na época. Ao contrario de outros criticos, a sequência do resgate de Carol Anne, foram as mais tensas e emocionantes. Filme sensacional, que vale e valerá pela a vida toda. Muito valorizado por mim, por contar com o terror sugerido e sem os jump cares da vida.