Crítica
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Sinopse
Um grupo de ex-agentes das Forças Especiais se reúne para planejar um golpe em uma zona pouco povoada em uma fronteira tripla da América do Sul. Pela primeira vez em suas carreiras, esses heróis anônimos assumem uma perigosa missão em benefício próprio, e não em nome da pátria. Mas quando os eventos tomam um rumo inesperado e começam a ficar fora de controle, suas habilidades, lealdades e moral são colocadas à prova em uma batalha por sobrevivência.
Crítica
Depois de muitos anos, idas e vindas, atores embarcando e logo depois pulando fora do projeto, finalmente Operação Fronteira, longa-metragem ambientando na Tríplice Fronteira, lugar turbulento que une territorial e politicamente Argentina, Brasil e Paraguai, é lançado. O protagonista, efetivamente, é Santiago (Oscar Isaac), conhecido como Pope, ex-militar que atua por baixo dos panos como mercenário contratado pelas forças armadas de um desses países latino-americanos – o filme não confirma de qual deles. Diante da árdua missão de capturar o chefão do narcotráfico, sujeito trancafiado numa propriedade praticamente inacessível na selva, ele vai aos Estados Unidos recrutar ex-colegas para conseguir praticamente o inatingível. Encontra todos eles em baixa, penando para pagar as contas mensais, descontentes com o presente insípido e bem diferente do passado de glórias ostentando a bandeira norte-americana no ombro e agindo sob a supervisão do Tio Sam.
Operação Fronteira ensaia ser mais que uma produção grandiloquente sobre um feito descabido, isso dada a sua obscuridade e a engenharia necessária. Especificamente ao mostrar os ex-soldados negligenciados pela pátria que defenderam, até em atividades nem sempre conduzidas dentro dos limites da legalidade, o cineasta J. C. Chandor oferece a possibilidade de um subtexto consistente. Tom “Redfly” (Ben Affleck), separado e sem um tostão, é o cabeça da operação, aquele que a planifica; William “Ironhead” (Charlie Hunnam) e Ben (Garrett Hedlund), os irmãos destemidos que encaram a linha de frente; e Francisco “Catfish” (Pedro Pascal), o piloto de habilidades excepcionais. Todos vivem com dificuldades, longe da posição que suas láureas de guerra supostamente poderiam garantir. Porém, o realizador subaproveita esse potencial sinalizado, tão logo possa, voltando a privilegiar a ação, forçando a barra ao tornar bastante facilitado o caminho deles à fortaleza.
Não que Operação Fronteira suprima discussões de pormenores do estratagema que prevê penetrar num ambiente fortemente protegido e sair de lá com cerca de duas toneladas de dinheiro. Mas, na prática, o que vemos é uma entrada relativamente simples, com poucos obstáculos. O fato dos personagens aceitarem agir nas sombras, completamente fora dos limites de qualquer regra oficial, também surge como um componente menor, sendo, portanto, desperdiçado enquanto fator de adensamento. O que, no entanto, mais deflagra a fragilidade do filme é a incapacidade de relacionar a ação com o lugar supostamente sui generis em que ela transcorre. Excetuando o vislumbre rápido de uma placa sinalizando os limites brasileiros, não há apontamentos que tornem minimamente relevante a ambientação na Tríplice Fronteira. J. C. Chandor conduz o conjunto despersonalizando o espaço, tornando-o dispensável, senão pela singularidade da natureza hostil.
De determinado ponto em diante, mais precisamente quando as coisas começam a degringolar e uma resolução integralmente bem-sucedida parece fora de cogitação, Operação Fronteira se restringe a mostrar uma jornada orientada pela tenacidade, em que os sujeitos lutam bravamente para sobreviver e carregar a grana. Nem a motivação financeira, com o dinheiro sobrepujando constantemente todas as demais formas de encorajamento, é bem aproveitada pela direção, restrita a construir boas cenas de ação e, timidamente, a permitir uma alternância de periculosidade, com ora uma, ora outra figura demonstrando insatisfação e, por isso, inclinação a quebrar pactos e alterar as rotas predeterminadas. Com respeito ao estrelado elenco, apenas Oscar Isaac e Ben Affleck têm espaço para extrapolar a superfície dos personagens. Charlie Hunnam, Garrett Hedlund e Pedro Pascal ficam demasiadamente restritos, condicionados à mera coadjuvância. Deixando de lado a profundidade, frugalmente acessada, o filme se contenta em ser comum, mais do mesmo.
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Mais um filme rodado no Brasil onde o Unidenses cagam pro idioma e todos falam espanhol. fala sério, quando vão respeitar o Português Brasileiro?