Harry Potter e a Câmara Secreta
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Harry Potter and the Chamber of Secrets
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2002
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EUA / Reino Unido / Alemanha
Crítica
Leitores
Sinopse
De férias na casa de seus tios, Harry Potter recebe a inesperada visita de Dobby, um elfo doméstico, que veio avisá-lo para não retornar à Escola de Magia de Hogwarts, pois lá correrá um grande perigo. Harry não lhe dá ouvidos e decide retornar aos estudos, enfrentando um 2º ano recheado de novidades. Uma delas é a contratação do novo Professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, Gilderoy Lockhart, que é considerado um grande galã e não perde uma oportunidade de fazer marketing pessoal. Porém, o aviso de Dobby se confirma e logo toda Hogwarts está envolvida em um mistério que resulta no aparecimento de alunos petrificados.
Crítica
Se o primeiro filme, Harry Potter e a Pedra Filosofal (2001), foi um sucesso absurdo, tendo faturado quase US$ 1 bilhão de dólares nas bilheterias de todo o mundo, este segundo capítulo, Harry Potter e a Câmara Secreta, não chegou a superar as expectativas, mas também apresentou resultados bastante sólidos. Foram mais de US$ 260 milhões só nos Estados Unidos e aproximadamente US$ 900 milhões em todo o mundo! Mesmo assim essa queda revelou uma vítima: o diretor Chris Columbus, que após comandar os dois episódios iniciais se desligou da série (assumiu apenas a produção executiva do terceiro, afastando-se por completo nos filmes seguintes). Uma decisão que, como é possível observar nos longas seguintes, foi bastante acertada.
A Câmara Secreta – apontado por Daniel Radcliffe, o ator que interpreta Harry Potter, como o seu favorito dentre os sete livros – ainda possui um tom muito infantil e ingênuo, característico do cinema feito por Columbus. Isso, em linhas gerais, destoa do caminho que a saga do menino bruxo se desenvolve. E o enredo desta nova aventura já deixa bem claro este sentido. Após passar as férias na casa dos tios, Potter retorna à Hogwarts sob o aviso de um elfo doméstico de que um perigo muito grande o espera na escola. Assim que as aulas recomeçam, eventos inexplicáveis se somam ao alerta recebido, aumentando suas preocupações. Ataques passam a acontecer, paralisando animais, alunos e até mesmo fantasmas! Em todos, em comum apenas mensagens deixadas nas paredes e marcadas em sangue: a Câmara Secreta foi reaberta, e o Mal continua com sede de vingança!
A tal Câmara do título faz referência a um abrigo secreto – e nunca encontrado, o que leva professores e funcionários a acreditar que não se passa de uma lenda – que abrigaria um monstro de força incalculável e poderes mortíferos. Só que o diretor de Hogwarts, Dumbledore, sabe a verdade e entende o que significam estes novos eventos. A última vez que a Câmara Secreta, criada por um dos fundadores de Hogwarts, foi aberta, se deu há 50 anos, por um aluno chamado Tom Riddle. Este rapaz futuramente assumiria um novo nome – Lord Voldemort – e representaria o maior inimigo de todo bruxo do bem. Ele foi responsável pela morte dos pais de Harry – e o menino seria o único capaz de se opor a ele, já que mesmo criança conseguiu derrotá-lo. E a percepção de que talvez Potter possua muitos dos dons do próprio Voldemort – fazendo dos dois verdadeiras almas gêmeas – faz crescer ainda mais o sentimento de aflição e desespero do jovem protagonista.
Recebido com um pouco mais de entusiasmo por parte da crítica, Harry Potter e a Câmara Secreta é mais objetivo em sua história, perdendo pouco tempo com tramas paralelas, ao mesmo tempo em que procura agraciar os fãs dos livros, abrindo espaço para quase todos os personagens criados por J.K.Rowling. Outra boa surpresa foram os novos acréscimos ao elenco, com destaque para Kenneth Branagh, como o falastrão Gilderoy Lockhart, e Jason Isaacs, como o assustador Lucius Malfoy. Direção de arte, cenários, figurinos e efeitos especiais continuam impressionando, mas o clima geral de fantasia predomina o que, se por um lado estimula a imaginação, por outro afasta qualquer tentativa de identificação. Harry Potter ainda precisa amadurecer – assim como sua própria série. E este filme funciona no sentido que deixa bem claro qual direção seguir – apesar dele próprio parecer ter medo de seguir em frente. Algo que, felizmente, não tardará muito para acontecer!
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