Bridget Jones: No Limite da Razão
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Beeban Kidron
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Bridget Jones: The Edge of Reason
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2004
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Reino Unido / EUA
Crítica
Leitores
Sinopse
Crítica
Não há um único motivo para a existência deste Bridget Jones: No Limite da Razão além do imenso sucesso do filme anterior, O Diário de Bridget Jones (2001). Tendo arrecadado mais de US$ 200 milhões em todo o mundo, a primeira aventura da solteirona – e atrapalhada – Bridget Jones (Renée Zellweger, indicada ao Oscar) era mais sincera na sua tentativa de fazer diversão com os erros e acertos amorosos da protagonista. Já esta continuação é um legítimo caça-níquel, que se faz presente apenas para coletar mais alguns trocados em nome da heroína inglesa.
Pra começo de conversa, o filme não tem história. Encontramos Bridget está no mesmo ponto em que terminou sua última aparição nas telas: com o namoro indo de vento em popa com o advogado Mark Darcy (Colin Firth, rígido e quase sem expressão). Como comédia romântica é um gênero que se restringe basicamente a mostrar como os dois enamorados do cartaz enfrentam diversas dificuldades para ficarem juntos no final, e se neste caso eles estão um com o outro logo no início, o lance vai ser separá-los para, depois, dar um jeito de reuni-los. Para tanto, será necessário convocar mais uma vez o galanteador Daniel Cleaver (Hugh Grant, pouco aproveitado), para apenas tentá-la mais uma vez com seu charme, render alguns momentos engraçados e logo dar adeus. Ele não tem muita função na trama, além de surgir como breve distração.
Em No Limite da Razão, Bridget Jones parece estar às voltas com novas ambições profissionais e pessoais. Ela também tenta se envolver mais nos conflitos familiares de seus pais e se interessar pelos relacionamentos de suas amigas. Mas, no fundo, o que lhe corrói é a insegurança quanto ao namorado e às indecisões sobre o verdadeiro amor. Ela quer se apaixonar – apesar de não se dar conta de que já está – e ser feliz ao lado do homem ideal. Como se a única coisa que interessasse às mulheres fosse o amor eterno. Ou seria isso mesmo?
Sem um roteiro bem estruturado, com a direção irregular de Beeban Kidron (Romance de Outono, 1992) e um conjunto de coadjuvantes no piloto automático cuja única função é servir de figuração, Bridget Jones: No Limite da Razão vale mais pela presença de Zellweger, que domina o personagem com louvor. Seu desempenho é tão cativante e irresistível que mereceu até uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Atriz em comédia ou musical. Por ela – e somente por ela – o filme vale uma conferida. Agora, aqueles alheios a esse universo feminino e sem muito interesse pela protagonista, o mais indicado é evitar sem arrependimentos.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Robledo Milani | 4 |
Francisco Carbone | 6 |
Chico Fireman | 4 |
MÉDIA | 4.7 |
total caça niquel.mesmo