Abraço de Mãe: Em fevereiro de 1996, durante um dos temporais mais impiedosos que atingiu a cidade do Rio de Janeiro, uma equipe dos bombeiros recebe um chamado para evacuar um asilo com risco de desabamento. Ana (Marjorie Estiano) uma jovem bombeira afastada após sofrer um ataque de pânico em uma operação, se vê retornando à sua antiga equipe de resgate. Ao chegarem ao local, os bombeiros descobrem que os misteriosos moradores do asilo têm outros planos com a chegada da chuva. Ana terá que enfrentar seu próprio passado para sobreviver e salvar os outros antes que seja tarde demais.
Assisto cinema brasileiro como assisto os filmes estrangeiros, não faço distinção, por isso não acho que criticar o que é ruim seja uma agressão ao nosso amado cinema nacional, sendo assim não me sinto culpada dizendo que achei Abraço de Mãe ruim demais! Os diálogos são deprimentes e artificiais, não há a sensação de urgência que a situação requereria, é uma estória cheia de clichês que poderia ter sido feita em qqr lugar do mundo, pq apesar de haver o elemento daquelas chuvas desproporcionais, que foram reais, não é algo que algo que o Brasil inteiro se lembre e não há nenhum outro elemento de marcação cultural, aquelas personagens, se fossem se aproximar da realidade, estariam completamente apegadas à religiosidade marcadamente brasileira (não que todos sejamos religiosos, mas é um inegável traço cultural). O terror sobrenatural é uma expressão de raízes primitivas de um povo, uma vez q o “terror cósmico” não está em nossas raízes literárias nem no inconsciente coletivo, eu imagino que pelo menos a protagonista estaria o tempo inteiro apelando para alguma divindade cristã ou de raízes africanas (não acreditaria muito nessa segunda opção, já que ela é uma militar), como não existe nada disso, a única marcação de filme nacional é incidência daquelas chuvas. Será que esse descuido é por falta de uma direção brasileira ? Não tenho nada contra co-produções, são sempre bem-vindas, mas até mesmo a direção precisa de um direcionamento.
Nem consigo esconder minha pouca boa vontade quando a cabo Ana está ao portão prestes a ir para a rua, como era a orientação via rádio, e vem a tal cena em flashback (que é uma facilitação paupérrima) dela mesma na infância no colo do bombeiro Dias (seu atual comandante) e aí volta para a casa, eu imaginava que ela estaria indo buscar por ele, para ligar à ideia (que é esclarecida posteriormente) de que ela foi uma criança sem nenhum afeto parental, e ele seria o alvo desse afeto, só que Ana foi buscar pela menina, o que também faria sentido, mas contraria essa ceninha matreira, além do que Ana não transmitiu nenhum desespero em relação ao sumiço do seu salvador naquele buraco no chão.
E o que dizer do momento em que Dias concluiu que a casa estava prestes a cair e eles precisavam evacuar “todas as pessoas”? Ana encontrou a menina escondida em um porão, tenta tirá-la de lá e Dias, diz para deixar a menina pq os pais devem estar procurando por ela, a menina não é uma pessoa? Que bombeiro deixaria uma criança para trás se casa está desabando??
Por último, Ana se vê naquele covil, diante de moradores agora vestidos de branco, com as caras pintadas de branco, somados aos chineses que apareceram do nada, e faz um anúncio, com postura de autoridade começando com “Vamo lá, preciso que todo mundo preste atenção aqui por favor, primeira coisa: Eu preciso de telefone para falar com a central dos bombeiros, é muito importante” (ri alto), e ao usar o telefone, liga para o número de emergência, como uma pessoa comum, e diante do caos instalado no RJ, a telefonista atende prontamente. Olha...não dá !
Eu não contaria pra ninguém que assisti esse filme mas fiquei tão incomodada ao ver, em 3 canais que admiro bastante repetições de opiniões (até palavras semelhantes, um deles usou a definição “Lovecraftiano” 3 vezes em 5 minutos de fala), que tive que desabafar, parece que todos se guiaram pelo Press kit do filme. Não consumo produtos da Netflix, cheguei ao filme pelo cronograma de lançamentos nacionais mas concluo que é só mais uma adição insípida para catálogo, um desperdício de talentos e de oportunidade de conquista para um público maior para o cinema nacional de gênero. Sigamos, porque o cinema brasileiro é mais!
Assisto cinema brasileiro como assisto os filmes estrangeiros, não faço distinção, por isso não acho que criticar o que é ruim seja uma agressão ao nosso amado cinema nacional, sendo assim não me sinto culpada dizendo que achei Abraço de Mãe ruim demais! Os diálogos são deprimentes e artificiais, não há a sensação de urgência que a situação requereria, é uma estória cheia de clichês que poderia ter sido feita em qqr lugar do mundo, pq apesar de haver o elemento daquelas chuvas desproporcionais, que foram reais, não é algo que algo que o Brasil inteiro se lembre e não há nenhum outro elemento de marcação cultural, aquelas personagens, se fossem se aproximar da realidade, estariam completamente apegadas à religiosidade marcadamente brasileira (não que todos sejamos religiosos, mas é um inegável traço cultural). O terror sobrenatural é uma expressão de raízes primitivas de um povo, uma vez q o “terror cósmico” não está em nossas raízes literárias nem no inconsciente coletivo, eu imagino que pelo menos a protagonista estaria o tempo inteiro apelando para alguma divindade cristã ou de raízes africanas (não acreditaria muito nessa segunda opção, já que ela é uma militar), como não existe nada disso, a única marcação de filme nacional é incidência daquelas chuvas. Será que esse descuido é por falta de uma direção brasileira ? Não tenho nada contra co-produções, são sempre bem-vindas, mas até mesmo a direção precisa de um direcionamento. Nem consigo esconder minha pouca boa vontade quando a cabo Ana está ao portão prestes a ir para a rua, como era a orientação via rádio, e vem a tal cena em flashback (que é uma facilitação paupérrima) dela mesma na infância no colo do bombeiro Dias (seu atual comandante) e aí volta para a casa, eu imaginava que ela estaria indo buscar por ele, para ligar à ideia (que é esclarecida posteriormente) de que ela foi uma criança sem nenhum afeto parental, e ele seria o alvo desse afeto, só que Ana foi buscar pela menina, o que também faria sentido, mas contraria essa ceninha matreira, além do que Ana não transmitiu nenhum desespero em relação ao sumiço do seu salvador naquele buraco no chão. E o que dizer do momento em que Dias concluiu que a casa estava prestes a cair e eles precisavam evacuar “todas as pessoas”? Ana encontrou a menina escondida em um porão, tenta tirá-la de lá e Dias, diz para deixar a menina pq os pais devem estar procurando por ela, a menina não é uma pessoa? Que bombeiro deixaria uma criança para trás se casa está desabando?? Por último, Ana se vê naquele covil, diante de moradores agora vestidos de branco, com as caras pintadas de branco, somados aos chineses que apareceram do nada, e faz um anúncio, com postura de autoridade começando com “Vamo lá, preciso que todo mundo preste atenção aqui por favor, primeira coisa: Eu preciso de telefone para falar com a central dos bombeiros, é muito importante” (ri alto), e ao usar o telefone, liga para o número de emergência, como uma pessoa comum, e diante do caos instalado no RJ, a telefonista atende prontamente. Olha...não dá ! Eu não contaria pra ninguém que assisti esse filme mas fiquei tão incomodada ao ver, em 3 canais que admiro bastante repetições de opiniões (até palavras semelhantes, um deles usou a definição “Lovecraftiano” 3 vezes em 5 minutos de fala), que tive que desabafar, parece que todos se guiaram pelo Press kit do filme. Não consumo produtos da Netflix, cheguei ao filme pelo cronograma de lançamentos nacionais mas concluo que é só mais uma adição insípida para catálogo, um desperdício de talentos e de oportunidade de conquista para um público maior para o cinema nacional de gênero. Sigamos, porque o cinema brasileiro é mais!