Tá certo que a gente torce o nariz, mesmo, para a nova trilogia levada a cabo por George Lucas, prioritariamente, na primeira década dos anos 2000. Todavia, se conseguirmos passar por cima de Jar Jar Binks, de Anakin Skywalker rolando apaixonado na relva, do excesso de CGI que descaracteriza visualmente a franquia, há algumas coisas bem interessantes nos três filmes, principalmente no que tange à apresentação de fatos importantes dentro da mitologia. E neste Episódio III temos o grande momento da trinca, exatamente a transformação do jovem Skywalker no mítico Darth Vader. O filme começa três anos após as Guerras Clônicas, com os Jedi espalhados pela galáxia liderando a Resistência. A proximidade de Anakin com o Chanceler Palpatine, Darth Sidious para os íntimos, coloca em risco o movimento rebelde, a República e a própria Ordem Jedi. A batalha apoteótica se dá num planeta de lava, com o Mestre Obi-Wan Kenobi impondo a seu pupilo querido, já completamente cooptado pelo lado negro da Força, uma derrota quase mortal. Dos restos do jovem Jedi nasce Darth Vader, com sua respiração indefectível e a disposição em acabar com a resistência. Padmé, por sua vez, dá luz aos gêmeos Luke e Leia, logo depois falecendo de desgosto. Mesmo com diversas críticas negativas, o filme foi um sucesso estrondoso de bilheteria, arrecadando quase US$ 1 bilhão mundialmente. Problemas à parte, o longa-metragem funciona como um bom elo entre as trilogias clássica e nova, chegando a apresentar passagens verdadeiramente icônicas do universo criado por George Lucas e, graças à Força, expandido por outros cineastas.
:: Média: 6,2 ::

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.