Não dá para dizer que a sequência das aventuras do mutante tagarela da Marvel apresenta alguma novidade determinante. O tamanho da produção é obviamente maior, temos mais coadjuvantes e efeitos especiais bastante superiores aos do primeiro filme. Mas, inteligentemente, o cineasta David Leitch se ancora no tom do primeiro, criando algo exatamente ligado à anarquia que fez do longa-metragem de 2006 um êxito inusitado de bilheterias. Deadpool está mais desbocado. Cresce, também, a sua disposição para literalmente ser desmembrado a fim de completar as suas missões. As referências cinematográficas e a quebra da quarta parede garantem a alegria dos fãs nessa trama em que Wade (Ryan Reynolds) enfrenta o temível Cable (Josh Brolin), soldado vindo do futuro para assassinar um jovem e assustado mutante constantemente mal tratado pela instituição onde mora. O filme ainda possui, talvez, a melhor cena pós-créditos da Saga X-Men, exatamente por não ser somente um protocolo, mas por oferecer, num ritmo acelerado, uma série de novas piadas que brincam com realidades paralelas e a necessidade de evitar más decisões.
:: Média 7,6 ::

:: Confira a crítica de Marcelo Müller ::

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.