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Até a chegada de Batman vs Superman: A Origem da Justiça (2016), foram lançados nos cinemas exatamente 13 produções estreladas pelos dois heróis. Pensando nisso, a equipe de críticos do Papo de Cinema se organizou para montar um ranking com todos estes títulos. Foram convocados os editores Robledo Milani, Marcelo Müller e Rodrigo de Oliveira, além dos colaboradores Alexandre Derlam, Conrado Heoli, Danilo Fantinel, Filipe Pereira, Gabriel Pazini, Leonardo Ribeiro, Roberto Cunha, Thomas Boeira, Willian Silveira e Yuri Correa. Cada um foi convidado a dar uma nota de 1 a 13 pensando nos filmes de forma individual, definindo uma ordem de qualidade para os sete longas do Homem Morcego e os seis do Filho de Krypton. Dessa forma, conseguimos organizar essa lista, com tudo do pior para o melhor com cada aparição de peso – deixamos de fora seriados e animações – dos Melhores do Mundo na tela grande. Confira, e bons filmes!

 

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13. Superman IV: Em Busca da Paz (Superman IV: The Quest of Peace, 1987)
A adjetivação mais comum a esta produção é canalhice, que só não é maior em sua essência do que a comparação com o filme anterior. O filme quatro ao menos se assume como um produto mambembe, a começar pelo fiapo de roteiro pensado por Christopher Reeve. Grande parte do elenco retorna, unicamente para pagar mico novamente, incluindo Gene Hackman, que com um alicate corta o fio de cabelo do Superman, que segura a bola de enormes toneladas. A cena de voo é a mesma em todos os takes, e na totalidade há erros de sincronia de cor e de proporções. Escolher um defeito só é pouco, incluindo os novos poderes, como o olhar engenheiro que reconstrói a Muralha da China, bem como o vilão físico, com um Dolph Lundgren genérico. Nada dentro do filme de Sidney J. Furie justifica o lançamento no cinema, que ainda teve o orçamento dividido entre esse e Mestres do Universo (1987), fazendo desta verba um evento mítico para o cinema trash da Golam-Globus, que aqui ainda tem a audácia de propor a paz mundial através da bondade do alienígena superpoderoso, que colocaria sua franquia em hiato por longos anos. – por Filipe Pereira

 

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12. Batman & Robin (1997)
Os fãs do herói de Gotham estão acostumados a inimigos inusitados atravessando o caminho de Batman. O que eles não imaginavam, porém, é que dessa vez o vilão seria o próprio filme. Responsável por dirigir o quarto longa-metragem da franquia, Joel Schumacher dá sequência ao projeto de renovar a identidade do morcego, iniciada com Batman Eternamente (1995) dois anos antes, logo após a bilheteria pouco expressiva do segundo filme dirigido por Tim Burton. Centrado na ameaça gelada do Senhor Frio (Arnold Schwarzenegger) e no veneno de Hera Venenosa (Uma Thurman), a trama traz Batman (George Clooney), Robin (Chris O’Donnell) e a novata Batgirl (Alicia Silverstone) como um trio de paladinos frívolos e desinteressantes. As inúmeras sequências de ação são conduzidas com nenhuma finalidade exceto a de extrair humor barato, transformando a dimensão moral de Bruce Wayne em um rascunho de Austin Powers. Igualmente, o tom psicológico pesado e sombrio de outrora, justificado pelo passado do protagonista, acaba substituído por uma elaboração cênica exagerada, construída sob o apego ao kitsch. Motivados por ciúme digno de uma novela barata, Batman e Robin se entrelaçam em um enredo tomado por efeitos especiais espalhafatosos, proporcionando ao público uma dose inimaginável de constrangimento. – por Willian Silveira

 

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11. Superman III (1983)
Tendo arrecadado US$ 59 milhões nas bilheterias dos Estados Unidos, o que é quase três vezes menos do que fez o primeiro da série, este terceiro capitulo das aventuras do Homem de Aço teve a direção de Richard Lester, que já havia assumido no meio do caminho a condução do filme anterior. Christopher Reeve volta ao uniforme azul do escoteiro e aos óculos de Clark Kent, dessa vez para perseguir um gênio da computação que tenta ajudar um empresário a conseguir controle sobre a economia do país. Margot Kidder também aparece para viver Lois Lane, com pouco mais do que 5 minutos de tela, já que teria defendido o cineasta Richard Donner, diretor do episódio original e que largou a franquia após se desentender com o estúdio. Quem fica de fora mesmo é Gene Hackman. O que, por outro lado, favoreceu Reeve, que pela primeira vez na série foi o mais bem pago do elenco. Mas por princípio, considera-se esse um dos pontos mais baixos do herói. – por Yuri Correa

 

Passados os três maiores constrangimentos das duas franquias, vamos ao Top 10:

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10. Batman Eternamente (Batman Forever, 1995)
Para muitos, este é um título marcado por exageros. A “cortesia” foi do cineasta Joel Schumacher, interessado em deixar a produção mais pop, após dois outros títulos comandados por Tim Burton. Mas os méritos do filme vão além de um ou outro detalhe. Visualmente, impacta o espectador, a trilha é boa (peca pelo excesso) e o roteiro estabelece a origem e os conflitos do protagonista, fazendo o mesmo ao introduzir o antológico parceiro, Robin, com direito a roupa que remete muito ao clássico seriado da TV. As sequências de ação, se vistas hoje, podem soar datadas não só pelos efeitos especiais, mas também pelas coreografias da lutas. Por outro lado, não deixa de ser atual ver a televisão como uma possível forma de manipular as mentes da pessoas, que é o plano do Charada (do exagerado Jim Carrey). Já o vilão Duas Caras (Tommy Lee Jones), sedento de vingança, tem nas suas armadilhas uma outra forma de remeter ao saudoso seriado televisivo. Ainda sobre o elenco, Val Kilmer e Chris O’Donnell “passam”, enquanto Nicole Kidman explora bem sua beleza na pele da sedutora Chase Meridian. É diversão, leve, bem diferente do que se tornou nos anos seguintes. – por Roberto Cunha

 

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9. Superman: O Retorno (Superman Returns, 2006)
Este filme pode ser encarado como uma continuidade – ou, quem sabe, uma homenagem – aos dois primeiros longas do personagem. A boa sacada aqui está em manter elementos da trama que funcionaram nas sequências anteriores. E, principalmente, o conflito entre Superman (como homem) e Lois Lane (como mulher), um amor existente, mas que não se consolida. Afinal, ele pode ser o homem de aço, mas não pode amar integralmente a mulher que tomou o seu coração. Coisa para Freud ou Shakespeare… A trama apresenta um retorno do Superman à Terra depois de vários anos. Seu antigo inimigo, Lex Luthor (Kevin Spacey), articula um plano que pode torná-lo o homem mais poderoso do planeta. Além disso, o herói depara-se com algo ainda mais inesperado: a mulher que ama, Lois Lane, seguiu com sua vida e tem uma família. Com tudo isso, tem-se uma experiência interessante, um trabalho feito com carinho e dedicação ao personagem. E o que é melhor: incorporando seus próprios, e promissores, elementos à quase septuagenária mitologia. Bryan Singer crava assim seu nome ao lado dos criadores que conduziram o herói e o mantiveram relevante em épocas tão distintas. – por Alexandre Derlam

 

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8. Superman II: A Aventura Continua (Superman II, 1980)
Após driblar sua produção conturbada, essa continuação chegou aos cinemas com a responsabilidade de fazer jus ao primeiro filme, sendo que ambos foram concebidos praticamente ao mesmo tempo no final da década de 1970. Dirigido pelo britânico Richard Lester (que substituiu Richard Donner depois que este se desentendeu com os produtores), o longa traz Superman (Christopher Reeve) tendo que enfrentar a volta do temível General Zod (Terence Stamp) e seus parceiros, Ursa (Sarah Douglas) e Non (Jack O’Halloran), que haviam sido banidos para a Zona Fantasma por conta dos crimes que cometeram em Krypton antes da destruição do planeta. A partir daí, o filme consegue fazer com que sua história entretenha o público em boa parte do tempo, ainda que os efeitos visuais soem um tanto datados e as cenas de ação sejam limitadas. O tom mais leve visto no primeiro exemplar rege bem a narrativa, sem falar que os personagens continuam interessantes. Nisso, é bacana ver o desenvolvimento da dinâmica entre o herói e sua amada Lois Lane (Margot Kidder), assim como a imponência da composição de Stamp como o vilão. Pode não se igualar à qualidade de seu aclamado antecessor, mas é um filme que ainda funciona satisfatoriamente. – por Thomas Boeira

 

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7. O Homem de Aço (Man of Steel, 2013)
Depois que Christopher Nolan tornou o Homem Morcego ainda mais sombrio em sua trilogia O Cavaleiro das Trevas, Superman não teve outra alternativa a não ser ganhar tintas mais escuras. No pós-2001, em que o terrorismo se torna determinante na nova (des)ordem mundial, seria inadequado reapresentar um super-herói ingênuo, cativo e vestido em cores chamativas. Em 2013, o Homem de Aço surge envolto em densidade e angústia resultantes do tormento provocado nele que, sendo extraterrestre, se descola do contexto em que se encontra. A desterritorialização, portanto, marca profundamente Clark Kent/Kal-El/Superman, que durante a trama reelabora sua condição em um difícil processo de enraizamento amplificado pela necessidade de defender a Terra, agora seu lar, de rivais oriundos de Krypton, seu planeta de origem. Assim, a trama fantástica apresenta traços de realismo que busca aproximar o super alienígena que está na tela ao terráqueo comum que está na frente dela. Porém, críticas apressadas condenaram a violência do filme, como algo pouco realista e muito agressivo. Entretanto, é importante lembrar que os próprios Estados Unidos destruíram recentemente dois países inteiros, Afeganistão e Iraque, em guerras em nome da liberdade e da democracia. Não há realidade maior do que esta. – por Danilo Fantinel

 

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6. Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (The Dark Knight Rises, 2012)
A expectativa pelo filme que fecharia a trilogia de Christopher Nolan era enorme. Pois o diretor conseguiu concluir sua trilogia como prometeu: de forma épica. É verdade que o terceiro episódio tem seus problemas. O detalhismo extremo, com uma obra muito mastigada, é uma das falhas. Outra decepção é a talentosíssima Marion Cotillard, que está muito abaixo do nível a que estamos acostumados. E como é comum nos filmes do diretor, a obra é um tanto pretensiosa. No entanto, também é excelente. Além de algumas discussões filosóficas muito interessantes, talvez nos mostre o Batman mais humano, imerso em conflitos internos e melancolia. Bruce Wayne é aprofundado como nunca antes e Christian Bale está fenomenal. O Bane de Tom Hardy nos transmite a sensação de uma verdadeira ameaça, com postura física e olhares intimidadores. E ainda vale destacar Joseph Gordon-Levitt, ótimo como o policial John Blake, e Anne Hathaway, fantástica como a gatuna Selina Kyle. O roteiro merece aplausos: trabalhou bem os personagens, não foi confuso e apresentou todos com competência. Trilha sonora e edição colaboram com um fascínio visual impressionante. Nolan encerra a trilogia de forma magistral e não se pode negar o excelente trabalho feito. – por Gabriel Pazini

 

Quase lá! Esse é o nosso Top 5, com os cinco títulos verdadeiramente imprescindíveis!

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5. Batman (1989)
Em quase tudo além de seu êxito comercial, este longa remete a Duna (1983), de David Lynch: um diretor promissor e talentoso comanda um filme sem enredo ou roteiro adequados ao material de origem, mal suportados por impressionantes cenários, figurinos, adereços cênicos e o talento visual de seu realizador. Tim Burton faz sua primeira incursão pelo universo do príncipe das trevas com uma premissa instigante: Batman é um vigilante louco ou legítimo herói? A jornalista Vicky Vale (Kim Basinger) irá revelar a identidade do mascarado? Por que Bruce Wayne gasta milhões se vestindo como morcego? No entanto, tudo isso é descartado lá pela metade da trama, quando tais perguntas dão lugar a uma maniqueísta disputa do bem contra o mal. Tagarelando, dançando e matando apenas pelo “bom humor”, o Coringa de Jack Nicholson rouba cada cena – assim como seria quase duas décadas depois com Heath Ledger. Michael Keaton entrega um bom Bruce Wayne em sua essência noir e psicologicamente frágil, porém o ator desaparece constantemente para deixar seus dublês e uma inflexível armadura de borracha ganhar as cenas de ação. Em seu primeiro blockbuster, Burton já demonstrava porque seus pequenos grandes filmes são tão mais interessantes. – por Conrado Heoli

 

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4. Batman: O Retorno (Batman Returns, 1992)
Com o primeiro Batman (1989), Tim Burton conseguiu transformar a imagem do herói – até então ainda muito vinculada ao humor camp do seriado dos anos 1960 – perante o grande público, levando para as telas mais da persona sombria estabelecida nos quadrinhos da década de 1980. Com o sucesso do longa e mais liberdade criativa, o cineasta pôde expandir estes traços góticos e soturnos, tão característicos de sua obra, na continuação da franquia, que apresenta um visual ainda mais estilizado e rebuscado. Tendo o Expressionismo Alemão como grande inspiração, o diretor realiza um filme extremamente autoral e ao mesmo tempo comercial, que pode até cometer o deslize de não desenvolver como poderia os dramas de seu protagonista, mas que compensa na concepção de dois vilões icônicos para substituir o Coringa de Jack Nicholson. O Pinguim (Danny DeVito, que parece ter nascido para o papel), uma figura tão trágica e desajustada da sociedade quanto o próprio Homem-Morcego, e a Mulher-Gato (Michelle Pfeiffer, na representação definitiva da personagem), que mantém uma relação de desejo e ódio com Bruce/Batman. Esteticamente deslumbrante e com uma trama mais complexa, envolvendo conspirações políticas, este é sem dúvidas um dos mais belos exemplares de adaptações de HQ’s. – por Leonardo Ribeiro

 

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3. Superman: O Filme (Superman, 1978)
O primeiro. O que deu origem à série. O início de tudo. Assim pode ser descrito a maior aventura – ao menos até hoje – do Homem de Aço na tela grande. O diretor Richard Donner vinha de um impressionante sucesso (A Profecia, 1976), Christopher Reeve foi o novato que deu certo – e definiu o rosto do herói pelas próximas décadas – e nomes como Ned Beatty, Jackie Cooper, Terence Stamp e Susannah York (todos indicados ao Oscar em ocasiões anteriores) ofereciam o prestígio necessário. Mais do que isso, no entanto, havia a expectativa de ver astros como Glenn Ford, Gene Hackman e, mais do que qualquer outro, Marlon Brando, envolvidos em uma produção baseada numa… história em quadrinhos? O gênero, inexistente na época, era visto com desprezo e desconfiança. Porém, foi a partir deste time reunido que a situação começou a mudar. Multidões sofreram com o fim de Krypton, se emocionaram com o triângulo amoroso formado por Clark Kent / Lois Lane / Superman e torceram pelo fim do vilão Lex Luthor. Mais do que tudo, entretanto, foi somente aqui que, enfim, começamos a acreditar que um homem poderia, mesmo, voar. Mesmo sendo ele de outro planeta! – por Robledo Milani

 

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2. Batman Begins (2005)
Christopher Nolan não estava entre os queridinhos de Hollywood quando recebeu a missão de reinventar o Homem Morcego no cinema. Era obviamente uma aposta, assim como Christian Bale, ator até então com certo destaque, mas longe de ser um rosto facilmente reconhecido pelas massas. O cineasta, no entanto, delineou um personagem trágico, acossado por lembranças de um passado marcado pela morte dos pais. Os vilões são bem distantes das figuras cartunescas levadas às telas por Tim Burton ou das caricaturais de Joel Schumacher. A pegada sombria caiu rapidamente no gosto do público, que respondeu nas bilheterias, proporcionando ao filme uma arrecadação global de quase US$ 400 milhões. Mais do que garantir as sequências que formariam, segundo alguns, a melhor trilogia cinematográfica de um super-herói, este filme definiu uma abordagem seguida em boa parte das produções posteriores da DC Comics. Até mesmo O Homem de Aço (2013), de Zack Snyder, bebe dessa fonte encontrada para encarar as figuras fantásticas que fazem parte da cultura pop. A partir do reboot, Nolan e Bale ganharam notoriedade. Já Batman, que antes chegou a ser motivo de piada, voltou a botar medo nos inimigos de Gotham City, agora com uma voz cavernosa. – por Marcelo Müller

 

E o melhor de todos é…

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1. Batman: O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight, 2008)
Batman Begins (2005) foi o recomeço perfeito para franquia do Homem Morcego depois do personagem ter amargado uma boa geladeira pós-fracasso de Batman & Robin (1997). Ainda assim, talvez nem o mais otimista fã do herói criado por Bob Kane poderia prever o que viria depois. Nesta produção de 2008, com Christian Bale novamente como Batman e Heath Ledger como o seu arqui-inimigo Coringa, Christopher Nolan conseguiu um fato raro: aplacou a vontade dos fãs dos quadrinhos em conferir uma adaptação incrível de seu herói predileto e chamou a atenção do público em geral, que talvez não se importasse com o Cavaleiro das Trevas, mas encontraria ali um ótimo thriller policial. Na trama, Batman precisa deter o palhaço do crime que só deseja ver Gotham pegar fogo. Para ajudá-lo, o herói conta com os serviços do novo promotor público Harvey Dent (Aaron Eckhardt), que viverá tempo suficiente para se ver como o vilão Duas Caras. Embora seja um ótimo Batman, Bale acaba vendo a cena ser roubada por Ledger, fazendo um Coringa psicótico, altamente letal e extremamente instável. Esta seria uma das últimas performances do finado ator australiano, que levaria um Oscar póstumo pela atuação. – por Rodrigo de Oliveira

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
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