De todos os diretores que já passaram pela saga Missão: Impossível – cada um dos cinco primeiros filmes foram comandados por diferentes cineastas – apenas um não foi convidado para voltar no longa seguinte. Não, não foi Brian De Palma, e, sim, John Woo, que entregou Missão: Impossível 2 (2000), talvez o mais controverso de todos os episódios – faturou fortunas nas bilheterias, mas amargou as piores avaliações da crítica especializada. J. J. Abrams foi responsável por tornar Ethan Hunt um herói mais humano em Missão: Impossível 3 (2006), e Brad Bird fez de Protocolo Fantasma (2011) a aventura escapista excelente, enquanto Christopher McQuarrie estreitou ainda mais sua parceria com Cruise em Nação Secreta (2015) – este foi o segundo dos três projetos que os dois já fizeram juntos, sendo que o terceiro é justamente… Efeito Fallout (2018), o sexto, e ainda inédito, capítulo. Então, por que De Palma pode ser apontado como o melhor de todos esses realizadores? Pelo simples fato de ter sido ele não só o responsável por tornar possível resgatar um programa de televisão (o que já havia feito com precisão em Os Intocáveis, 1987), como também por ter oferecido uma marca bastante pessoal a essa nova versão, que deixou de lado o caráter televisivo e se assumiu como cinema desde o primeiro instante. Ainda que boatos da época tenham afirmado que o diretor e seu protagonista não tenham se entendido durante as filmagens – algo que foi confirmado quando De Palma se recusou a divulgar o filme durante o seu lançamento – o que entregou na tela grande foi uma obra maiúscula, que arrecadou quase US$ 500 milhões nas bilheterias de todo o mundo – o maior sucesso de toda a sua carreira – e pavimentou o caminho para uma das franquias mais bem-sucedidas de Hollywood.
Como visto em… Missão: Impossível (2000)
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