Uma Dobra no Tempo chegou às telonas cercado de expectativas, especialmente pelo fato de ser uma superprodução dirigida por Ava DuVernay, cineasta mais conhecida no âmbito independente, e portanto acostumada até então a filmes menores. Aliás, este é o primeiro longa-metragem com orçamento superior a US$ 100 milhões dirigido por uma mulher negra, ou seja, sua existência já é algo a ser comemorado. Todavia, a recepção foi fraca nas primeiras praças de exibição. Graças às críticas negativas e ao anêmico desempenho nas bilheterias norte-americanas, seu lançamento nos cinemas chegou a ser cancelado em vários países, como Bélgica e Nova Zelândia, onde vai sair diretamente em home vídeo e em plataformas de streaming. No Brasil não está sendo muito diferente e um dos indicativos de “tem caroço nesse angu” foi a realização das cabines de imprensa apenas na véspera da estreia – salvo raras exceções, é batata que o produto não é lá essas coisas quando a distribuidora o mostra para os críticos, assim, em cima da hora. Mas, há vozes dissonantes, que vem se opondo a essa onda de má recepção. Nosso colaborador Yuri Correa é um desses espectadores que ressaltam os vários méritos de Uma Dobra no Tempo. Para confrontá-lo, chamamos o colega Wallace Andrioli, que já fez parte da equipe Papo de Cinema e hoje escreve na Revista Moviement e no Plano Aberto. Confira este embate sadio de ideias acerca do filme da Disney em cartaz.
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