Este vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original realmente faz jus ao reconhecimento da Academia. Escrita e dirigida por Neil Jordan, a trama parte de um lugar que dificilmente denuncia o ponto em que vai parar quase duas horas depois. Tudo começa, afinal, quando um soldado britânico, interpretado por Forest Whitaker, é sequestrado pelo IRA e feito refém para ser negociado. Quando as coisas saem um pouco errado, um dos radicais, Fergus (Stephen Rea), se sente na obrigação de compensar a amada do prisioneiro. Porém, os dois acabam se envolvendo, com ele escondendo dela a sua real participação no trágico destino do namorado. E isso já é contar demais, pois a linha de eventos ainda se desdobra em mais reviravoltas curiosas que, assim como o restante da estrutura do roteiro, são hábeis em manter o espectador constantemente magnetizado pelas surpreendentes curvas da trama. Embora efetivamente presente apenas na primeira parte do filme, o Jody de Forest Whitaker se faz constante em sua duração, servindo como base para as ações de Fergus. Os twists, aliás, permitem que Jody seja relembrado e reavaliado desde a sua primeira aparição num parque de diversões – com o ator empregando seu icônico olhar melancólico para criar uma figura empática o suficiente para acreditarmos ser capaz de mudar o coração de um radical. – por Yuri Correa

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