O diretor francês Olivier Megaton estreou no cinema com o thriller de ficção-científica Exit (2000), uma produção de Luc Besson. A afinidade entre os dois ficou evidente desde o princípio, e se estendeu por outras colaborações, como a aventura Carga Explosiva 3 (2008) e o drama de ação Colombiana: Em Busca de Vingança (2011). Mas o maior sucesso da dupla foi Busca Implacável 2 (2012), que arrecadou mais de US$ 376 milhões em todo o mundo. Um resultado tão positivo que gerou um terceiro capítulo para a franquia, Busca Implacável 3 (2014), que também ultrapassou a marca dos US$ 300 milhões de bilheteria mundial e colocou novamente Bryan Mills, o personagem de Liam Neeson, em meio à muita tensão e perigo. O filme, que chegou aos cinemas nacionais no início deste ano, está sendo lançado agora em DVD, blu-ray, iTunes, Google Play e Play Station com uma série de extras inéditos: cenas excluídas, o bunker de Sam, Busca Implacável em Los Angeles, o Legado de Busca Implacável, galeria de fotos e trailer de cinema. Aproveitando a ocasião, o Papo de Cinema traz esse bate-papo inédito com o diretor, exclusivo no Brasil. Confira!
O que você sentiu quando leu o roteiro de Busca Implacável 3 pela primeira vez?
Eu fiquei surpreso, claro, porque Luc e Liam haviam me dito que ninguém seria raptado desta vez. E esse é o mote da série, certo? Mas minha surpresa favorita foi o novo personagem, o policial interpretado por Forest Whitaker, e tudo que trouxe com ele, como altas doses de emoção. Foi a primeira coisa que pensei, do tipo “wow, agora sim posso fazer desse filme algo novo”.
Por que as pessoas se identificam com o personagem Bryan Mills?
Há essa conexão porque ele é um personagem muito simples em termos de narrativa. Ele está focado em sua família, e isto é algo específico da franquia Busca Implacável. Acho que as pessoas gostam da série porque ela diz algo possível de imaginar em nossas próprias vidas. Essa é a principal razão de todo esse sucesso. É por isso que o segundo filme funcionou tão bem, e acredito que o mesmo aconteceu com o terceiro. Respeitamos os medos envolvidos, e apresentamos soluções sobre o que pode ser feito nos piores cenários.
Qual foi a maior dificuldade que você enfrentou durante as filmagens?
Em termos técnicos, o mais difícil foi filmar a sequência na freeway. Foi um pesadelo, filmamos em Los Angeles e não tínhamos muito tempo disponível. Mas contei com uma equipe muito afiada, então conseguimos dar um jeito. Mas como ser humano, o pior e mais complicado foi ter filmado a cena do necrotério, pois era um ambiente real. Não era apenas cenário! Foi muito estranho, porque adentramos em um lugar de verdade, com tudo acontecendo ao nosso redor como no dia a dia deles. Vimos um cadáver que havia sido recém trazido da floresta, e foi muito bizarro ver aquele morto no meio do dia. Foi algo que nos deu um choque de realidade. Então, quando filmamos aquelas cenas, todo mundo tinha aquela imagem muito vívida em suas mentes.
E o que de mais divertido aconteceu?
Wow, passamos por tantas coisas divertidas. Quando você está no meio de uma filmagem de dois dias e duas noites em um helicóptero pegando tomadas aéreas ao redor de Los Angeles, é algo que nem todo mundo consegue fazer durante toda a sua vida. Mas em termos pessoais, tivemos situações muito engraçadas quando estávamos juntos no set. A sequência na autoestrada foi cheia de pequenas coisas realmente incríveis. Mas toda vez que tinha que filmar algo dos helicópteros, ficava pensando quanta sorte tenho. Estava ali, vendo a cidade inteira, todo um país, sob um ponto de vista completamente particular. Isso foi algo que gostei muito!
(Entrevista adaptada e traduzida por Robledo Milani)
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