Na próxima quinta-feira, dia 22, na Palavraria (Rua Vasco da Gama, 165, Porto Alegre), a revista Teorema lança sua 19ª edição.

Contagiada pelos ares da Primavera Árabe, a publicação especializada em cinema apresenta uma edição que desde a capa, passando pela entrevista e dois dos artigos tratam de questões relacionadas à democracia no Oriente Médio. O Irã, vale frisar, não é árabe, é persa, mas deu a largada para as revoltas populares nesta parte do mundo.  E esta é a primeira vez que a revista coloca na capa não um ator, mas um diretor de cinema. Neste caso, Jafar Panahi é o intérprete de si mesmo em Isto Não É Um Filme, rodado em sua casa, já que se encontra em prisão domiciliar. O crítico Paulo Henrique Silva analisa Isto Não É Um Filme, dirigido por Mojtaba Mirtahmasb e Panahi.

Em situação não muito melhor está Mohsen Makhmalbaf, que em entrevista à Teorema fala sobre seus filmes e sua condição de exilado que já escapou de um atentado no Afeganistão. Para analisar a obra de Makhmalbaf, Ivonete Pinto assina um artigo que divide a trajetória do diretor em distintas fases.

Esta edição vem mais robusta: além da entrevista, são 14 artigos que fazem um balanço do ano. Somando-se aos artigos já citados, Enéas de Souza, em sua habitual profundidade de análise, dedica-se ao filme de  Terrence Malick, A Árvore da Vida. Na sequência, João Nunes enfrenta com determinação o enigmático Caminho para o Nada, do veterano Monte Hellman. Já Vicente Moreno nos traz a reflexão de um filme ainda inédito no Brasil, Drive, do dinamarquês Nicolas Winding Refn, premiado em Cannes.

Pulando o “bloco persa”, Alexandre Santos encara outro dinamarquês, o controverso Lars von Trier e o seu Melancolia. Marcus Mello, nosso especialista em cinema espanhol, descama A Pele que Habito, de Pedro Almodóvar. Carlos Eduardo Lourenço Jorge, por sua vez, impôs-se o desafio de analisar o gigante já no título, Notícias da Antiguidade Ideológica: Marx, Eisenstein, O Capital, de Alexander Kluge.

Para falar da estreia no longa-metragem de um dos editores da revista, fomos buscar um filósofo: Darwin Oliveira embarca na viagem de A Última Estrada da Praia, de Fabiano de Souza. Raul Arthuso aceitou a incumbência de escrever sobre Eduardo Coutinho e seu mais recente documentário, As Canções. E Fabiano de Souza entrega-se ao ritmo de Rock Brasília – Era de Ouro, de Vladimir Carvalho, ressaltando o papel da família no filme. O Palhaço, de Selton Mello, com suas gags e nonchalance, é o motivo do texto de Milton do Prado.

Para promover uma sintonia com a vida da personagem central, Teorema convidou a atriz Mirna Spritzer para refletir sobre Riscado, de Gustavo Pizzi.  Fechando a edição, Teorema escalou o diretor Carlos Gerbase para falar de João Miguel, um ator que depende, mais do que tudo, de seu talento. Quem ler o texto, entenderá porquê.

Por fim, Teorema dá as boas-vindas a um novo editor: Milton do Prado. Frequente colaborador da revista, ele é mestre em estudos cinematográficos pela Concordia University de Montreal, montador, professor universitário e agora, oficialmente, crítico de cinema.

 

Fonte: Porto Web

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