Nina Ivanisin tinha 23 anos quando aceitou seu primeiro papel como protagonista no cinema, e num desafio nada simples: como a personagem-título de Slovenian Girl. A atriz nasceu em 1985 na cidade de Maribor, a segunda maior cidade da Eslovência, com menos de 100 mil habitantes. Desde essa impressionante estreia, que lhe rendeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival Internacional de Cinema de Valência, na Espanha, entre outros, ela já apareceu em outros dois longas. Mas foi sobre esse impressionante trabalho, que chega agora ao Brasil, com três anos de atraso, que conversamos nessa entrevista feita por e-mail.

 

Como você se preparou para esse papel?

O diretor do filme, Damjan Kozole, e eu passamos muito tempo criando e desenvolvendo o personagem da Aleksandra. Ensaiamos bastante com outros atores, enfatizando sempre o relacionamento entre eles e Aleksandra. Um foco bastante importante foi a relação que existe entre ela e o pai (interpretado por Peter Musevski). Todo esse preparo aconteceu porque esta foi a minha estreia como protagonista num grande projeto, e eu precisava de todo o apoio possível da equipe e do elenco. Sou muito agradecida a todos que estiveram envolvidos neste filme, principalmente porque a maioria tinha muito mais experiência neste trabalho do que eu.

Sua interpretação é o ponto de maior destaque de Slovenian Girl. Todo mundo comenta! Você esperava por esse tipo de reação?

Com certeza não esperava por isso. Mas, é óbvio, não posso negar que isso me deixa muito feliz e lisonjeada.

 

Qual a importância que filmes como esse possuem no seu país?

Desde o lançamento de Slovenian Girl, as pessoas tem se aproximado de mim para comentar que elas não tinham consciência desse problema na Eslovênia. É claro que todos nós sabemos das complicações que a prostituição em geral causa, mas ninguém imagina que a “menina da porta ao lado”, sua própria vizinha, possa ser uma delas. Isso ainda é um tabu. Se darem conta desse assunto e dar início a uma discussão a respeito foi o melhor que este filme poderia ter feito para a sociedade eslovena em geral!

CONFIRA A CONVERSA ORIGINAL (EM INGLÊS)

How did you prepare yourself for the role?

The director of the movie Damjan Kozole and I spend a lot of time creating and developing Aleksandra’s character. We had a lot of rehearsals with other actors regarding the relationships between Aleksandra and other characters in the film. As specially with her father (played by Peter Musevski). Because this was my debut in such a big project I needed support from the whole crew, which I’ve had. I am grateful to each and everyone who were working with me in the film and had much more experience than I had.

 

Your acting is the strongest point in the movie. Everyone is talking about that! Did you expect for that reaction?

I didn’t expect that reaction but I can’t deny that it’s very flattering.

 

What is the social importance in your society for movies like that?

People had approached me saying that they were not aware of this problem in Slovenia. Of course we all now the problematic of prostitution in general but prostitution of “the girl next door” is still a taboo. Regarding this subject the film was very welcome in the Slovenian society.

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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