Temperatura Máxima :: Coma: A Dimensão do Futuro, filme deste domingo (01/06), parece Hollywood, mas possui toque de surrealismo soviético. Saiba mais!

Neste domingo, 01, a Temperatura Máxima exibe o filme Coma: A Dimensão do Futuro na TV Globo, a partir das 12h30. A produção, lançada em 2019, pode até lembrar os grandes blockbusters de Hollywood, mas guarda uma identidade própria – com direito a cenários fantásticos, ação estilizada e um toque marcante de surrealismo soviético. Siga o fio e saiba mais!

TEMPERATURA MÁXIMA: COMA – A DIMENSÃO DO FUTURO

Na Temperatura Máxima, após sofrer um misterioso acidente, um jovem arquiteto acorda em um mundo desafiador e instável, onde as leis da física não se aplicam como no nosso. Ele logo descobre que está preso em uma realidade construída pelas memórias de pessoas em coma – um lugar surreal, perigoso e visualmente impressionante. Para escapar, precisará entender as regras desse universo fragmentado e enfrentar forças que tentam impedi-lo de acordar.

COMA – A DIMENSÃO DO FUTURO

À primeira vista, Coma: A Dimensão do Futuro poderia facilmente ser confundido com uma superprodução de Hollywood. Seus efeitos visuais ambiciosos, as cenas de ação coreografadas e o enredo que mistura realidade e fantasia remetem diretamente a títulos como os da saga Matrix. A estética, marcada por paisagens urbanas fragmentadas, física distorcida e ambientes que desafiam a lógica, também ecoa influências de jogos de videogame e de obras como Jogador Nº 1 (2018). Ainda assim, por trás dessa embalagem visual grandiosa, está é uma produção 100% russa – falada em russo, feita por artistas locais e dirigida por um estreante com vasta experiência em efeitos especiais.

O diretor Nikita Argunov, que comanda seu primeiro longa após anos atuando nos bastidores da indústria russa, se inspirou no cinema de ação e ficção científica ocidental, mas inseriu camadas que dialogam com a tradição filosófica e simbólica do leste europeu. O mundo de Coma: A Dimensão do Futuro é mais introspectivo do que parece: por trás dos confrontos e dos visuais impressionantes, há uma reflexão sobre identidade, memória e existência, temas caros à literatura russa. A mistura entre espetáculo e conteúdo existencial confere à obra um diferencial: ela pode até parecer Hollywood, mas carrega uma alma russa, inquieta, com forte apelo ao surrealismo soviético, com elementos oníricos e crítica social com simbologia filosófica.

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