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Lançado em 2019, Nós marcou a segunda incursão de Jordan Peele no terror social após o premiado Corra! (2017). Neste sábado, 15, à 00h15 (madrugada de sábado para domingo), a Rede Globo exibe o longa no Supercine, apresentando ao público uma história inquietante que mistura suspense, violência e metáforas profundas sobre identidade, desigualdade e o lado sombrio da sociedade americana. Siga o fio relembre! 

SUPERCINE :: NÓS

SINOPSE

No Supercine, Adelaide Wilson (Lupita Nyong’o) viaja com o marido (Winston Duke) e os filhos para uma casa de veraneio. O que seria um fim de semana tranquilo se transforma em pesadelo quando uma família de doppelgängers – versões distorcidas e violentas deles mesmos – aparece do lado de fora. 

A VISÃO DE JORDAN PEELE

Jordan Peele afirmou, em diversas entrevistas, que Nós não é “sobre racismo”, mas “sobre a América”. A ideia inicial surgiu do desconforto que o diretor tem com doppelgängers e da pergunta: “qual é a parte de nós que tentamos esconder?”.

Supercine :: Nós
Supercine :: Nós

O cineasta desenvolveu o roteiro inspirando-se tanto em clássicos do gênero – como Os Invasores de Corpos (1956) e o episódio “Mirror Image”, de Além da Imaginação – quanto em discussões contemporâneas sobre privilégios, invisibilidade social e a ilusão do mérito. A dualidade entre “nós” e “eles” é, desde a concepção, um comentário sobre as fronteiras artificiais criadas pela própria sociedade.

SÍMBOLOS, METÁFORAS E REFERÊNCIAS

Nós ficou conhecido pelo uso intenso de simbolismos, muitos deles discutidos por críticos e pesquisadores. Entre os mais citados:

  • A ligação com Jeremias 11:11, verso bíblico sobre punição e ruptura moral, aparece repetidamente como presságio;
  • O uniforme vermelho e as luvas de couro fazem referência direta a movimentos de resistência e à estética de Michael Jackson em Thriller;
  • As tesouras simbolizam ruptura – a separação violenta entre privilégios e abandono;
  • A “Hands Across America”, recriada no ato final, remete ao evento real de 1986 e ironiza a ideia de solidariedade superficial que não resolve desigualdades estruturais;

Essa camada metafórica contribuiu para inúmeras análises acadêmicas e reforçou o posto de Peele como um dos principais autores do terror contemporâneo.

ATUAÇÃO ACLAMADA DE LUPITA NYONG’O

Grande parte do impacto emocional do filme vem da performance de Lupita, que interpreta duas personagens completamente distintas: Adelaide e sua dupla, Red. A crítica destacou a construção vocal e corporal da atriz – especialmente a fala rouca e quebrada de Red, inspirada, segundo a própria Lupita, em condições reais de danos vocais, como espasmo laríngeo. A ausência da atriz no Oscar 2020 gerou debates na imprensa especializada, incluindo matérias na IndieWire e na Vanity Fair, que consideraram sua atuação uma das melhores do ano.

PRODUÇÃO E RECEPÇÃO

Produzido pela Monkeypaw Productions e distribuído pela Universal Pictures, Nós custou cerca de US$ 20 milhões e arrecadou mais de US$ 255 milhões mundialmente, consolidando Peele como força criativa de prestígio.

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