Suçuarana é a mais nova produção brasileira a chegar às telonas. Vencedor de cinco Troféus Candango no Festival de Brasília de 2024, o longa estreia nesta quinta-feira, 11, com distribuição da Embaúba Filmes. Dirigido por Clarissa Campolina e Sérgio Borges, o filme apresenta um olhar crítico e poético sobre um Brasil devastado pela herança de um progresso que nunca se concretizou – tudo isso reimaginando um clássico de Henry James. Saiba mais!
SUÇUARANA
TRAMA
Em Suçuarana, acompanhamos a jornada de Dora (Sinara Teles) em busca do vale que dá nome ao título. Ela passou os últimos anos percorrendo um território arruinado pela mineração, em busca de uma terra perdida sonhada por ela e por sua mãe. Carrega consigo uma foto antiga com o nome Suçuarana, única pista desse lugar mítico onde ela imagina que possa encontrar pertencimento.

Guiada por um misterioso cachorro, encontra refúgio em uma vila de trabalhadores de uma fábrica abandonada, que vivem em coletividade. A cada novo encontro, seu destino parece sempre um pouco mais distante.
SUÇUARANA E A FERA NA SELVA
Segundo os responsáveis pelo projeto, em nota enviada à imprensa, o longa é inspirado em A Fera na Selva, livro de Henry James lançado no início do século XX. Na obra, o protagonista John Marcher vive sob a expectativa de que um acontecimento inesperado mudará sua vida, convivendo com a sensação de estar sempre prestes a ser surpreendido por uma fera invisível. Esse segredo, que compartilha apenas com May Bartram, molda toda a narrativa.
Embora Suçuarana não seja uma adaptação direta, o texto de James serviu como ponto de partida. Foi a partir da relação central da novela, entre personagens masculinos e femininos que enxergam o mundo de maneiras distintas, que Clarissa Campolina convidou Sérgio Borges para dividir a direção.

COM A PALAVRA, A DIRETORA
“A primeira vez que tive vontade de fazer Suçuarana foi em 2012. Tinha lido A Fera na Selva, e o livro me tocou muito pela história de obsessão da personagem, pelo que era dito e também pelo que não era; e pelo entendimento do amor como uma força animal misteriosa, impossível de dominar ou nomear”, recorda Campolina. A diretora destacou ainda que a própria parceria com Borges nasceu dessa inspiração: “fiquei pensando que seria legal dirigir com outra pessoa, pela relação que existe no próprio livro, uma relação entre uma figura masculina e uma feminina que têm visões diferentes”.
Concebido como um road movie, Suçuarana tensiona questões urgentes da contemporaneidade, como o colapso ambiental, os limites de um modelo de desenvolvimento excludente e a busca por novas formas de convivência coletiva. Ainda assim, a ideia da “fera” persiste, como metáfora daquilo que está sempre à espreita, pronto para transformar o curso da vida.
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