Silvio Tendler, considerado um dos mais conceituados documentaristas brasileiros, faleceu nesta sexta-feira, aos 75 anos. A informação foi confirmada por sua filha, Ana Rosa Tendler. O diretor enfrentava, há cerca de uma década, uma neuropatia diabética, doença que afeta o sistema nervoso. Premiado em diversos festivais, Tendler investigou, desde os anos 1980, inúmeros trajetórias reais em seus filmes. Relembre!
SILVIO TENDLER
Nascido na capital carioca, em 1950, Tendler iniciou sua carreira na década de 1960 pelo Movimento Cineclubista, que formou uma geração de cineastas no Rio de Janeiro em um período sem escolas de cinema. Em 1968, tornou-se presidente da Federação de Cineclubes do Rio e realizou seu primeiro documentário sobre a Revolta da Chibata, que acabou destruído pela repressão da ditadura militar.

Nos anos 1970, mudou-se para o Chile motivado pela eleição de Salvador Allende, onde trabalhou na Chilefilms e produziu La Cultura Popular Vá!. Em seguida, transferiu-se para a França, estudou com Chris Marker e Jean Rouch, participou do grupo SLON/ISKRA e se especializou em cinema documental aplicado às ciências sociais. Concluiu mestrado em Cinema e História pela Sorbonne, com tese sobre Joris Ivens, e participou de produções que registraram os eventos políticos no Chile, incluindo La Spirale. De volta ao Brasil em 1976, iniciou seu primeiro longa-metragem, Os Anos JK: Uma Trajetória Política, e passou a lecionar Cinema e História na PUC-Rio, onde foi professor por décadas.
Entre os anos 1980 e 2000, produziu obras marcantes como Jango (1984), O Mundo Mágico dos Trapalhões (1981) e Glauber o Filme, Labirinto do Brasil (2003), filmes que abordam a história política brasileira, muitas vezes lançados ainda sob a vigência da ditadura ou na fase de abertura política. Também dirigiu projetos culturais e institucionais, como a Fundação Rio, o Centro Cultural Oduvaldo Vianna Filho e a TV Brasília, além de ter ocupado cargos como Secretário de Cultura e Esporte do Distrito Federal e coordenador de audiovisual da UNESCO para o Brasil e Mercosul.
Ao longo da carreira, Tendler recebeu inúmeras homenagens e prêmios, incluindo a Medalha Pedro Ernesto, a Medalha Juscelino Kubitschek, a Medalha Tiradentes, a Ordem de Rio Branco e o Prêmio Salvador Allende. Também foi premiado em festivais como Gramado e Brasília. Sua última contribuição se deu com O Futuro é Nosso! (2023). Ele deixa a esposa, Fabiana Versasi, a filha, já mencionada, e o irmão Sidnei Tendler.

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