Sessão da Tarde :: Não Vamos Pagar Nada, filme de hoje (14/05), tem origem no teatro italiano. Saiba mais!

Publicado por
Victor Hugo Furtado

O humor e a crítica social marcam presença na Sessão da Tarde desta terça-feira, 14, com o filme Não Vamos Pagar Nada, estrelado por Samantha Schmütz e Edmilson Filho. A comédia acompanha o caos instalado quando uma dona de casa decide se rebelar contra preços abusivos. Mas o que poucos sabem é que a história tem raízes no teatro italiano dos anos 1970. Siga o fio e saiba mais!

SESSÃO DA TARDE: NÃO VAMOS PAGAR NADA

Na Sessão da Tarde, Antônia é uma dona de casa desempregada que enfrenta dificuldades financeiras. Indignada com o aumento dos preços no único mercado do bairro, ela inicia um protesto que rapidamente se transforma em um motim, com os clientes saqueando o estabelecimento. Agora, Antônia precisa lidar com as consequências de suas ações, escondendo a situação do marido e evitando a atenção das autoridades.

NÃO VAMOS PAGAR NADA: A INSPIRAÇÃO

O enredo de Não Vamos Pagar Nada pode parecer feito sob medida para o Brasil de hoje. Mas a origem da história remonta a quase cinquenta anos atrás e a um outro país repleto de desigualdade social: a Itália dos anos 1970. O longa é uma livre adaptação da peça Non Si Paga! Non Si Paga!, escrita pelo dramaturgo Dario Fo, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1997.

Sessão da Tarde: Não Vamos Pagar Nada

Montada pela primeira vez em 1974, a peça surgiu como uma resposta ao momento de instabilidade econômica e política da Itália, quando a população enfrentava escassez de alimentos, desemprego crescente e abusos no preço de itens básicos. Com humor ácido e estrutura farsesca, Fo construiu um retrato do desespero popular diante do sistema capitalista, explorando a luta por sobrevivência das classes trabalhadoras.

Sessão da Tarde: Não Vamos Pagar Nada

Na versão brasileira dirigida por João Fonseca, esse mesmo impulso ganha contornos contemporâneos e tipicamente nacionais. O subúrbio carioca substitui o bairro operário italiano, e os personagens falam diretamente à realidade do brasileiro médio. Ainda que atualizada, a essência da crítica social permanece intacta. A personagem Antônia, interpretada por Samantha Schmütz, representa a indignação popular canalizada em ações desesperadas – e, ao mesmo tempo, cômicas.

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Fanático por cinema e futebol, é formado em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Feevale. Atua como editor e crítico do Papo de Cinema. Já colaborou com rádios, TVs e revistas como colunista/comentarista de assuntos relacionados à sétima arte e integrou diversos júris em festivais de cinema. Também é membro da ACCIRS: Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul e idealizador do Podcast Papo de Cinema. CONTATO: victor@papodecinema.com.br