27 nov

Mostra em São Paulo exibe produções recentes do Oriente Médio

A Mostra Cinema: Oriente Médio entra em cartaz amanhã (quinta-feira, 28) em São Paulo. Em 2013, o projeto exibe uma seleção da mais recente produção cinematográfica de países como o Irã, Afeganistão, Turquia, Israel, Palestina, Líbano, Egito e Jordânia. Além disso, serão exibidos ainda um filme sulafricano e outro francês, cujas temáticas dialogam diretamente com algumas das questões do Oriente Médio.

Ao todo, 16 títulos serão exibidos. Nas narrativas iranianas, surge o ambiente asfixiante da realidade contemporânea, como se percebe em Cortinas Fechadas (2013), de Jafar Panahi, e Manuscritos Não Queimam (2013), de Mohammad Rasoulouf. Não por acaso, os dois diretores, internacionalmente reconhecidos, estão proibidos de filmar. O primeiro, em prisão domiciliar, o segundo, exilado e fugitivo.

Enquanto isso, o cinema palestino, um dos mais ricos da região, retrata um cotidiano que insiste em se reproduzir. Filmes como Herança (2012) transmitem o sentido de espera em situações e sentimentos que as palavras dificilmente conseguem traduzir.

Títulos como O Imã e Eu (2011), Yema (2012), Quando Eles Dormem (2012) e Os Descrentes (2011) exploram, cada qual à sua maneira, a cisão entre islamistas radicais e defensores do Estado laico. O problema é vigente em todos os países da área, que tenham ou não atravessado o processo de levantes populares da chamada Primavera Árabe. Já o longa A Desintegração (2011) critica tanto o extremismo islâmico e o uso político que dele se faz, quanto a falência do Estado laico.

A Mostra Cinema: Oriente Médio fica em cartaz até o dia 05 de dezembro no CineSesc (Rua Augusta, 2075). O valor dos ingressos varia de R$ 2,00 a R$ 10,00. Confira a programação completa:

28/11, quinta-feira, às 21h
Abertura: Manuscritos não queimam (Mohammad Rasoulof, 2013, Irã, 125′)

29/11, sexta-feira
17h: A última sexta-feira (Yahya Alabdallah, 2011, Emirados Árabes Unidos/Jordânia, 88’)
19h: Os guardiões (Dror Moreh, 2012, Alemanha/Bélgica/França/Israel, 101’)
21h: O Imã e eu (Khalid Shamis, 2011, África do Sul/Reino Unido, 80’)
23h: Wajma (Barmak Akram, 2013, Afeganistão/França, 85’)

30/11, sábado
17h: Infiltrados (Khaled Jarrar, 2012, Emirados Árabes Unidos/Líbano/Palestina, 70’)
19h: Herança (Hiam Abbass, 2012, França/Israel/Palestina/Turquia, 88’)
21h: Cortinas fechadas ( Jafar Panahi e Kambuzia Partovi, 2013, Irã, 106′)
23h: Manuscritos não queimam (Mohammad Rasoulof, 2013, Irã, 125′)

01/12, domingo
17h: O Imã e eu (Khalid Shamis, 2011, África do Sul/Reino Unido, 80’)
19h: A última sexta-feira (Yahya Alabdallah, 2011, Emirados Árabes Unidos/Jordânia, 88’)
21h: A desintegração (Philippe Faucon, 2011, Bélgica/França, 78’)

02/12, segunda-feira
17h: 74: A reconstituição de uma luta (Raed e Rania Rafei, 2012, Líbano, 95’)
19h: Para toda a vida (Asli Özge, 2013, Alemanha/Holanda/Turquia, 102’)
21h: Yema (Djamila Sahraoui, 2012, Argélia/França, 90’)

03/12, terça-feira
17h: Herança (Hiam Abbass, 2012, França/Israel/Palestina/Turquia, 88’)
19h: Sessão especial
Quando eles dormem (Maryam Touzani, 2012, Marrocos, 18’) + O sopro de Zaar (Farshad Fareghi, 2012, Irã, 26’) + Em busca de petróleo e areia (Philippe Dib e Wael Omar, 2012, Egito/Estados Unidos, 58’)
21h: 74: A reconstituição de uma luta (Raed e Rania Rafei, 2012, Líbano, 95’)

04/12, quarta-feira
17h: Yema (Djamila Sahraoui, 2012, Argélia/França, 90’)
19h: A desintegração (Philippe Faucon, 2011, Bélgica/França, 78’)
21h: Os descrentes (Mohcine Besri, 2011, Marrocos/Suíça, 88’)
23h: Para toda a vida (Asli Özge, 2013, Alemanha/Holanda/Turquia, 102’)
Atividade especial:
19h30: Cinema da vela: Cinema iraniano: a produção contemporânea – Bate-papo com Farshad Fareghi, diretor de O sopro de Zaar + Arlene Clemesha e Marcia Camargos, curadoras da mostra

05/12, quinta-feira
17h: Os descrentes (Mohcine Besri, 2011, Marrocos/Suíça, 88’)

Fonte: Abraccine

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