Na noite desse sábado, 16, Nó abriu a mostra competitiva do Festival de Gramado 2025, e a diretora Lais Melo esteve presente para acompanhar a exibição de sua obra. O longa, estrelado por Saravy, marca a primeira parceria de Lais com a atriz em um longa-metragem, após os curtas Tentei (2017) e Me Deixei Ali (2020).
Após a noite de aplausos, na manhã deste domingo, 17, a realizadora concedeu entrevista exclusiva ao Papo de Cinema, na qual falou sobre a origem da história e a relevância do filme no debate sobre a violência e resistência feminina. Confira!
LAIS MELO
NÓ
Escrito por Lais Melo e Saravy, Nó acompanha Glória, mulher que consegue se separar e se muda levando suas filhas e o desejo de recomeço. Enquanto tenta transformar a nova casa em um lar e seu corpo em morada, ela enfrenta a delicada disputa por uma vaga de supervisora na fábrica, entre colegas e sua melhor amiga. A coragem surge conforme a angústia toma corpo, revelando a pulsão de vida e resistência diante da violência cotidiana.

ORIGEM DO FILME
Lais Melo explicou como surgiu a ideia para o drama: “ela parte das nossas próprias vivências, num sentido prático, de dispositivo motriz da narrativa. Surge de contextos pessoais e sociopolíticos do momento, e de um processo de pesquisa de linguagem e narrativa, pensando como o violento do mundo reverbera nos corpos, como denunciá-lo sem nos reviolentar, e como nos reinventamos para sobreviver”.
PERSONAGEM FEMININA CENTRAL
Já sobre a construção da protagonista e sua dimensão feminina, a diretora afirmou: “é uma personagem que pulsa a partir da necessidade e do entendimento da diferença do vigor. Inicialmente, ela sucumbia diante do que acontecia, mas amadurecemos e compreendemos outros desejos e vontades dentro do cinema. Apesar das violências, ela se reinventa, criando dentro do vigor e dos afetos a pulsão de vida necessária para seguir adiante. O objetivo da política de violência é que ela se renda, mas ela não se rende”.
DIÁLOGO COM O PÚBLICO
Por fim, quando questionada sobre como a mensagem do filme será recebida pelo público quando ele desembarcar no circuito comercial, Lais Melo comentou: “não consigo consolidar uma única mensagem além do que o filme é. Nó é um estudo, uma organização de códigos e uma magia que colocamos em cena, mas também abre espaços de diálogo, entrega e troca com o público. Ontem mesmo, pós-filme, algumas pessoas vieram conversar conosco, e foi extremamente interessante ouvir suas análises e perceber como foram tocadas pelo filme”.
Vale lembrar que o Papo de Cinema está presente no Festival de Gramado 2025 e, até o final do evento, seguirá trazendo críticas, notícias e entrevistas exclusivas, oferecendo cobertura completa de um dos mais importantes festivais de cinema do país. Fique ligado!
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