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Condenado nesta segunda-feira , 13, a 18 meses de prisão por agressão sexual, o ator Gérard Depardieu está vendo sua carreira ir pelo ralo. O julgamento diz respeito a um episódio ocorrido em 2021, durante as filmagens de um telefilme, quando o astro francês, de 75 anos, foi acusado de assediar e tocar de forma inapropriada uma colega de elenco.

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A vítima afirmou que Depardieu, sob efeito de álcool, “manteve um comportamento recorrente e abusivo ao longo das gravações”, o que foi corroborado por depoimentos de testemunhas e por imagens de bastidores. O ator, que já havia sido alvo de outras acusações nos últimos anos – incluindo um inquérito aberto por estupro em 2018 – nega todas as acusações, mas a Justiça francesa entendeu que havia provas suficientes para a condenação.

Gérard Depardieu
Gérard Depardieu

A queda de Gérard Depardieu, um dos nomes mais emblemáticos do cinema europeu das últimas décadas, ecoa casos semelhantes envolvendo grandes estrelas da indústria audiovisual. De Harvey Weinstein a Bill Cosby, o histórico de abusos e a reação (ou omissão) das instituições culturais formam um padrão que levanta questões sobre poder, impunidade e os limites entre arte e responsabilidade pessoal. A seguir, relembre outros casos!

GÉRARD DEPARDIEU: CASOS SEMELHANTES

DANNY MASTERSON

Assim como Gérard Depardieu, o ator conhecido por seu papel na série That ’70s Show, foi condenado em 2023 por estupro contra duas mulheres. Os crimes ocorreram entre 2003 e 2004. O tribunal de Los Angeles o sentenciou a 30 anos de prisão – 15 para cada uma das acusações. O caso ganhou ainda mais visibilidade por envolver ex-integrantes da Cientologia, que teriam tentado encobrir os crimes.

HARVEY WEINSTEIN

O produtor de alguns dos filmes mais premiados de Hollywood foi condenado em 2020 por estupro e ato sexual criminoso em Nova York. A sentença resultou em 23 anos de prisão. Em 2022, ele voltou a ser julgado, desta vez em Los Angeles, e recebeu uma segunda condenação por outro caso de agressão sexual. O caso de Weinstein foi o estopim para o movimento #MeToo, que encorajou vítimas ao redor do mundo a denunciar abusos cometidos por figuras influentes da indústria cultural.

BILL COSBY

O comediante e ator consagrado por seu trabalho na televisão americana foi condenado em 2018 por agressão sexual contra Andrea Constand, em um caso que remonta a 2004. Ele chegou a cumprir cerca de três anos de prisão, até que a Suprema Corte da Pensilvânia anulou a condenação em 2021 por entender que houve quebra de um acordo anterior com a promotoria. Apesar da anulação, a condenação original e o tempo cumprido permanecem como parte significativa de sua trajetória judicial.

R. KELLY

O cantor e produtor musical de R&B foi condenado em 2022 por tráfico sexual de menores, extorsão e abuso sexual sistemático. As acusações foram embasadas em décadas de denúncias e documentadas publicamente em séries como Surviving R. Kelly. Ele foi sentenciado a 30 anos de prisão. Em outro processo, por posse de pornografia infantil, o artista também foi considerado culpado.

GARY GLITTER

O cantor britânico dos anos 1970 já havia sido condenado em 1999 por posse de pornografia infantil e, em 2006, por abuso sexual de menores no Vietnã. Em 2015, ele voltou ao banco dos réus no Reino Unido por crimes sexuais cometidos nas décadas de 1970 e 1980. Na ocasião, foi sentenciado a 16 anos de prisão por múltiplos abusos cometidos contra meninas.

IAN WATKINS

O ex-vocalista da banda de rock Lostprophets foi condenado em 2013 por uma série de crimes sexuais chocantes, incluindo abuso de menores e tentativa de estupro de um bebê. Ele recebeu uma sentença de 35 anos de prisão. O caso provocou grande comoção internacional e encerrou de forma abrupta a carreira do músico.

CASOS EMBLEMÁTICOS SEM CONDENAÇÃO DEFINITIVA

Vale lembrar alguns nomes de grande projeção pública que chegaram a ser julgados ou envolvidos em investigações por crimes sexuais, mas não foram condenados em instância final como Gérard Depardieu, seja por absolvição, acordos judiciais ou prescrição. Kevin Spacey, por exemplo, foi alvo de diversas acusações nos Estados Unidos e no Reino Unido, mas acabou sendo absolvido nos tribunais e, até o momento, nunca foi formalmente condenado.

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Já o cineasta Roman Polanski se declarou culpado em 1977 por manter relações sexuais com uma menor de idade nos Estados Unidos. No entanto, fugiu do país antes da sentença final e, embora ainda seja procurado pela Justiça norte-americana, nunca cumpriu pena. Outro nome frequentemente citado nesse contexto é o de Woody Allen, acusado por Dylan Farrow, sua filha adotiva, de abuso sexual nos anos 1990. Allen nega as acusações, e as investigações conduzidas à época não resultaram em denúncia formal nem condenação. Esses episódios ilustram a complexidade jurídica e midiática dos casos que envolvem figuras públicas e crimes sexuais — e reforçam a importância de distinguir acusações, acordos, prescrições e condenações efetivas.

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Fanático por cinema e futebol, é formado em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Feevale. Atua como editor e crítico do Papo de Cinema. Já colaborou com rádios, TVs e revistas como colunista/comentarista de assuntos relacionados à sétima arte e integrou diversos júris em festivais de cinema. Também é membro da ACCIRS: Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul e idealizador do Podcast Papo de Cinema. CONTATO: [email protected]

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