Considerada uma das maiores atrizes de sua geração, Diane Keaton faleceu aos 79 anos. A informação foi publicada neste sábado, 11, pela revista People, citando um porta-voz da família. Apesar da curiosidade do público, não foi revelada a causa da morte da estrela hollywoodiana e nem informações sobre o seu velório e sepultamento, que devem acontecer nos próximos dias, nos Estados Unidos.
Dona de um Oscar, Diane estrelou diversos sucessos em diferentes décadas. Siga o fio e relembre!
DIANE KEATON
INÍCIO
Nascida Diane Hall em janeiro de 1946, em Los Angeles, Califórnia, EUA, ela cresceu em uma família de classe média: a mãe, Dorothy Deanne (nascida Keaton), era dona de casa e fotógrafa amadora; o pai, John “Jack” Hall, era corretor imobiliário e engenheiro civil. Criada pela mãe em ambiente metodista livre, Keaton lembra ter sido influenciada pela teatralidade do concurso “Mrs. Los Angeles” e por atrizes como Katharine Hepburn, cuja interpretação de mulheres fortes a marcou na juventude. Estudou artes dramáticas no Santa Ana College e aperfeiçoou técnica de atuação em Nova York antes de ingressar no círculo principal Broadway.

PARCERIA COM WOODY ALLEN QUE RENDEU O OSCAR
A arrancada de sua carreira no cinema veio nos anos 1970, quando passou do teatro para a tela grande. Debutou no cinema com As Mil Faces do Amor (1970). Após ganhar visibilidade na Broadway com Play It Again, Sam, iniciou uma duradoura parceria pessoal e profissional com Woody Allen, que a escalou para a versão cinematográfica da peça, Sonhos de um Sedutor (1972), e a colocou no circuito de comédias autorais que definiria parte de sua imagem pública.
Em 1972, ainda naquele período de afirmação, Francis Ford Coppola a convidou para viver Kay Adams em O Poderoso Chefão, papel que consolidou sua chegada ao estrelato e que ela reprisou nas sequências.
Mas o ponto alto dessa fase foi Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977), de Allen. A performance de Keaton como a carismática Annie Hall lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz, além de transformar sua figura artística e estilística em marca registrada do fim da década de 1970.

A “GAROTA CONTEMPORÂNEA”
Além da atuação, Keaton virou referência cultural: o guarda-roupa de Annie Hall, ternos amplos, gravatas, coletes e peças tipicamente masculinas combinadas com acessórios femininos, popularizaram um visual andrógino que influenciou a moda dos anos 1970 e entrou para o imaginário como a imagem da “garota contemporânea”.

Sua fala, trejeitos e jeitão desajeitado na tela ajudaram a definir um novo arquétipo de mulher inteligente, autêntica e arredia às convenções fáceis de Hollywood. Essa mistura de vulnerabilidade e singularidade estética foi repetida e celebrada ao longo de sua carreira.
DÉCADAS SEGUINTES
Keaton alternou papéis em comédias e dramas que mostraram sua versatilidade. Em Reds (1981), de Warren Beatty, interpretou a jornalista e ativista Louise Bryant – performance que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz. Nos anos 1990, em O Pai da Noiva (1991), mostrou seu talento para a comédia familiar massiva, e em O Clube das Desquitadas, de 1996, consolidou-se como estrela feminina capaz de atrair público.
Em As Filhas de Marvin (1996), ela encarnou Bessie, a irmã que cuida da família em meio à doença do pai papel que também rendeu outra indicação ao Oscar. Já em 2003, com Alguém Tem que Ceder, interpretou Erica Barry, uma dramaturga que redescobre o amor na meia-idade ao lado de Jack Nicholson. Essa interpretação icônica dos anos 2000 resultou em mais uma indicação ao prêmio da Academia.
ÚLTIMOS TRABALHOS E PROJETOS INACABADOS
Nos últimos anos, Keaton manteve-se ativa: sua última aparição em cinema creditada foi em Acampamento com as Amigas, onde vive Nora. O filme estreou em 2024 e reuniu um elenco de atrizes veteranas. Segundo anúncios e bases de dados de produção, ela ainda tinha pelo menos três projetos em fase de pré-produção/pós-produção: Artist in Residence, Constance e The Making Of, todos sem data certa de lançamento, deixando trabalhos em andamento no momento de sua morte.
VIDA PESSOAL
Keaton foi personagem tão enigmática na vida pessoal quanto direta na arte: nunca chegou a se casar, mas viveu relações públicas marcantes, entre elas a com Woody Allen (parceria artística e afetiva nos anos 1970), e romances com Al Pacino e Warren Beatty.
Tardiamente, adotou dois filhos, Dexter e Duke Keaton, quando já tinha cerca de 50 anos, e os criou enquanto conciliava carreira e maternidade. Fora das telas, exercitou a fotografia, a escrita (com memórias e livros sobre estilo) e o interesse por restauração de casas históricas – atividades que mostraram outra faceta de seu jeito meticuloso e apaixonado pela imagem e pela memória.

LEGADO
A morte de Diane Keaton provocou uma enxurrada de homenagens: colegas, roteiristas e fãs nas redes sociais destacam seu humor singular, a coragem de papéis que desafiavam estereótipos e o modo como, há décadas, reinventou a imagem feminina no cinema americano. Ela deixa uma filmografia vasta, marcada por personagens complexas, figurinos icônicos e uma influência que atravessa moda, performance e cultura popular.
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