O primeiro dia da Cine OP 2025 foi marcada pelo olhar feminino sobre o audiovisual brasileiro, em especial no ramo da comédia. Nesta edição comemorativa de 20 anos da Mostra de Cinema de Ouro Preto, que conta com mais de 140 filmes e uma mostra competitiva, a atriz Marisa Orth, vencedora do Kikito de Melhor Atriz em 1991, por Não Quero Falar Sobre Isso Agora, e estrela da sitcom Sai de Baixo, será a grande homenageada. Em bate-papo com a imprensa ela contou mais sobre como foi o começo conturbado de sua carreira e como estaria a icônica Magda nos dias de hoje.
CINE OP 2025: HUMOR FEMININO
“Hoje Magda seria coach, daqueles que sobem o morro, especialmente com o último presidente que o Brasil teve. Seria Magda e o pneu”, disse Marisa na conversa com o público ao lado da cineasta e amiga íntima, Anna Muylaert, que também está na Cine OP para conversar sobre o humor das mulheres em diversas conversas já planejadas para os seis dias da Mostra. Muylaert contou que a primeira peça que Marisa fez foi um drama e recebeu críticas na imprensa na época. Isso fez a estrela se fechar e, posteriormente, assumir papéis mais cômicos. Segundo ela: “tive que me passar por burra para que vocês pudessem me engolir”.

Orth também comentou sobre o humor politicamente correto de hoje e, apesar de achar válida e legítima a conversa e não concordar com piadas que ferem minorias, ela disse que o humor não pode ser vetado ou censurado e que, para ela, “toda piada por trás é feia”. “Sempre fui muito acusada por passar pano por piadas assim, mas é humor é crítica. Já ouvi muito que não seria convidada para evento feminista por ter feito a Magda, mas acho isso burrice. Humor se fala de inteligência e de crítica, é através do humor que a gente aponta”.
Na Cine OP, Muylaert também comentou sobre um dos seus primeiros trabalhos amadores, quando tinha uns 15 anos, que era uma comédia, com a participação da Marisa. Ela revelou que se divertiram com o roteiro e depois filmaram, mas, quando ela passou em uma sessão na casa da mãe, não teve nenhuma risada. “Aquilo foi uma escola pra mim, eu tinha decidido nunca mais na vida fazer uma coisa engraçada”.
Para finalizar, Orth revelou que nunca deu bola para se foi “mão de homem ou de mulher” que a aplaudiu durante a carreira. “Temos que ter orgulho da nossa comédia, da nossa produção cultural, do nosso humor único brasileiro. Não tem como escapar, vamos nos entregar. Brasileiro é naturalmente engraçado. Para poder falar sério, fazer filmes profundos, a gente precisa de senso de humor”.
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