A Baleia :: Brendan Fraser rebate críticas ao seu papel no filme

Vivendo um momento de reconhecimento inédito em sua carreira hollywoodiana, como favorito ao Oscar de Melhor Ator na premiação de 2023 por A Baleia (2022), Brendan Fraser vem enfrentando críticas ao seu papel no drama. Para uma parcela dos espectadores, o filme de Darren Aronofsky retrata com “insensibilidade” os desafios que uma pessoa obesa enfrenta. Em tom empático, Fraser comentou sobre essas opiniões, que também citam “gordofobia”, em entrevista ao Los Angeles Times.

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“Respeito aqueles que não concordam com tudo que o filme traz. Não concordo com eles [críticos], porque sei que não houve más intenções. Eu quis saber, sim, se eu, Brendan, causei algum dano e para isso procurei diálogos”. Essas conversas aos quais o artista se referiu tratam da conexão que o mesmo fez com a OAC (Obesity Action Coalition) para falar sobre o projeto de Aronofsky.

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A instituição norte-americana sem fins lucrativos conta com mais de 70 mil membros e se dedica a dar voz ao indivíduo afetado pela doença da obesidade. “A resposta que obtive da OAC foi ‘continue fazendo o que você está fazendo’. Nós fizemos o filme que queríamos fazer, e fizemos da forma que achamos correta. E eu defendo isso”, completou Fraser.

Vale lembrar que, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), “a ‘gordofobia’ é um neologismo criado para indicar o preconceito de pessoas que julgam o excesso de peso e a obesidade como fator que mereça desprezo e qualquer tipo de exclusão”. Inclusive, tal ato prevê penalidade na Lei 7.716, de 05 de janeiro de 1989. Ainda conforme a entidade brasileira, “tal estigma contra essa população deve ser combatido com informação, pois evidências científicas mostram que o aumento de peso não ocorre apenas por falta de disciplina ou de responsabilidade pessoal, mas sim por efeitos biológicos, metabólicos e genéticos. A obesidade é uma doença crônica e essa população merece respeito e acolhimento. O estigma e a discriminação pelo peso não podem ser tolerados em sociedades modernas”.