Crítica

O filme O Despertar, de Nick Murphy, tem sua história ambientada na Inglaterra dos anos 20. Um mulher "educada", ou seja, com formação científica, era algo raro no período. Florence Cathcart é uma delas. Interpretada pela atriz britânica Rebecca Hall (que já atuou em Vicky Cristina Barcelona, 2008, e O Retrato de Dorian Gray, 2009), ela acredita que tudo pode ter uma explicação racional e é cética, a ponto de não acreditar que exista vida após a morte. Ela acaba se tornando uma profissional chamada para desmascarar charlatões ou mágicos que, em certos casos, lucram com crédulos. E ganha notoriedade por ter escrito um livro sobre o assunto.

Neste thriller, ela aceita um novo caso. É chamada a um internato para garotos, liderado pela senhora Maud Hill (Imelda Staunton, de Harry Potter e a Ordem da Fênix, 2007). O lugar tem fama de assombrado, pois pessoas dizem ter visto um fantasma pela escola. Enquanto ela se sente atraída pelo professor de História (Dominic West, de O Retorno de Johnny English, 2011), tenta desvendar o mistério.

Este é o ponto em que o filme descamba para uma mistura de terror e suspense com drama psicológico e não se define bem em nenhum deles. Lembra, em alguns aspectos, o ótimo suspense Os Outros (2001), de Alejandro Amenábar e estrelado por Nicole Kidman, mas sem o mesmo cacife. Entre subidas e descidas de escadas, espiadas por frestas, objetos quebrados e meninos amedrontados, o filme investe nos tons acinzentados e não passa de um nível regular. Nada de imperdível.

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é Mestre em Comunicação Social pela PUCRS, com ênfase nos Estudos Culturais. Formada em Publicidade e Propaganda e em Jornalismo pela UFRGS. Trabalha como repórter na área cultural no jornal Correio do Povo, em Porto Alegre.
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