Força Policial
Crítica
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Sinopse
Saga centrada numa família de policiais de Nova York. Os códigos morais dessa família são testados quando Ray Tierney (Edward Norton) investiga um caso que acaba revelando um esquema de corrupção envolvendo seu cunhado Jimmy Egan (Colin Farrell).
Crítica
Assim como a comédia romântica, o policial é um gênero em crise de criatividade. E este Força Policial é um bom exemplo disso. Mesmo com astros talentosos como protagonistas e uma trama clássica, não consegue se sustentar pelos fracos diálogos e pelas soluções óbvias que persegue. E muito disso se deve pela mão fraca do diretor Gavin O’Connor (Guerreiro, 2011) que, visivelmente desconfortável com o tema, termina por optar pelos caminhos mais fáceis, nos guiando por clichês já consagrados e eliminando qualquer chance de redenção – não para os personagens, mas para os espectadores.
Os Tierney são uma família de policiais. O patriarca, Francis (Jon Voight, em atuação discreta), sempre foi um exemplo, mesmo que em algumas vezes tenha decidido resolver as coisas de um modo mais direto e objetivo, sem dar muita importância. Os dois filhos – Franny (Noah Emmerich), e Ray (Edward Norton) – também são policiais, mas com resultados diferentes. Enquanto o primeiro já é capitão, o outro tenta se recuperar de uma tragédia pessoal e profissional, recomeçando aos poucos. O problema está na filha, irmã dos dois, Megan (Lake Bell), que trouxe para o lado deles o marido, o tira corrupto Jimmy (Colin Farrell, mais uma vez interpretando um desajustado violento e mau-caráter). E será este estranho que irá desestabilizar todo o ambiente familiar.
Força Policial começa com uma batida frustrada que resulta na morte de quatro oficiais. Ray é colocado para chefiar as investigações e descobrir o que deu errado. Aos poucos ele vai revelando os fatos: trata-se de uma disputa pelo controle do tráfico de drogas, abençoada por certos policiais – liderados por Jimmy – que são muito bem pagos pela conivência. E, quando a verdade vem à tona, os problemas serão novamente de forte impacto tanto pessoal quanto profissionalmente, para todos os envolvidos.
Recebido com muita desconfiança pela crítica norte-americana, que considerou o argumento formulaico e nada original, Força Policial chega ao Brasil com a distribuidora forçando uma comparação com o nacional Tropa de Elite (2007), pela similaridade dos temas. Bem, toda e qualquer comparação entre os dois acaba aqui. Enquanto o longa dirigido por José Padilha e vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim é um petardo de ação e enredo, esta produção americana é convencional e não se destaca em nada, ficando muito aquém de outros trabalhos recentes e também semelhantes, como Os Donos da Noite (2007), Os Reis da Rua (2008) e Dia de Treinamento (2001), só para citar alguns. E chovendo no molhado, nem mesmo um roteiro escrito por Joe Carnahan (Narc, 2002) consegue salvar esta produção do ocaso do fácil esquecimento.
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