“O roteiro de Apanhador de Almas prefere criar atmosfera do que oferecer respostas. O isolamento, o medo das protagonistas e o mistério em torno da bruxa veterana parecem ser o combustível da narrativa. O problema é que essa opção se converte, desde cedo, em experiência labiríntica. Não há mal em embaralhar peças, mas quando o quebra-cabeça não tem bordas nem imagens de referência, o espectador encontra dificuldade em se situar. O resultado é terror que aposta no enigma, mas entrega pouco ao que possa ser desvendado (…) Por fim, chama atenção a contradição central. As quatro protagonistas são apresentadas como fascinadas pelo universo da bruxaria, mas bastam os primeiros sinais do sobrenatural para que se esvaziem diante daquilo que tanto buscavam. Se são capazes de atravessar quilômetros para acompanhar um ritual obscuro, por que reagem com tamanha fragilidade ao contato com o que desejavam? Essa incongruência mina a força da alegoria e enfraquece o discurso”, resume o editor Victor Hugo Furtado na análise em texto publicada no Papo de Cinema. O longa brasileiro ganhou também uma crítica em vídeo, aprofundando os problemas da produção.
Nota média: 1,3 / 10
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