Um ensaio sobre a imaginação. Nas fantasias mais bonitas da mente de uma criança, em meio ao campo, surge uma arca há muito enterrada. Dentro dela, a curiosidade da criança irá revelar um mapa com o caminho para as Árvores Gigantes. Esse lírica e instigante animação apresenta uma aventura bonita e competente, que ganha pontos tanto pelo visual estilizado, que faz uso de técnicas mais tradicionais para promover encantamento através de personagem bem construídos e cenários detalhados, como também por elementos técnicos, como a trilha sonora envolvente e cores que abundam na tela. Na tarefa proposta por Anttonio Pereira, de nos fazer lembrar das tardes de brincadeiras ainda não digitais, surge uma trama simpática e inteligente, que em nenhum momento subestima a perspicácia do seu público – ainda que infantil, num primeiro direcionamento, é apta para angariar a simpatia de indivíduos de qualquer idade. Digna de grande reflexão acerca da educação e da importância familiar na criação do imaginário infantil, é é um filme que conquista pelo engrandecimento de sua jornada e pelas lições que carrega. O visual oferecido por Pereira, que também assina a direção de arte e fotografia, se confunde com a história minuto a minuto, tornando a experiência extremamente cativante.
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