Estrelado por Luiza Mariani, o drama Cyclone chega aos cinemas nesta quinta-feira, 04. Dirigido por Flávia Castro, o longa resgata a história real de Maria de Lourdes Castro Pontes, escritora brasileira associada ao movimento modernista. A trama volta a São Paulo de 1919. Desafiando todas as regras, uma jovem operária e dramaturga conquista uma cobiçada bolsa para estudar teatro em Paris, na França, mas logo descobre que o maior obstáculo para realizar seu sonho é ter nascido em um mundo onde as mulheres sequer são donas do próprio corpo.
E para aquecer os interessados, o Papo de Cinema conversou com Luiza Mariani – de maneira remota. A seguir, fique com um trecho, em texto, do bate-papo e, em seguida, com a íntegra em vídeo:

ENTREVISTA :: LUIZA MARIANI
Ao ser questionada sobre como se deu seu primeiro contato com a história real – e o que a atingiu de forma tão poderosa para levá-la não só a interpretar, mas também a produzir o filme – Luiza voltou quase 20 anos no tempo: “o primeiro contato que eu tive com a Cyclone foi em 2005… à época, buscava obsessivamente um material que pudesse levar aos palcos, lendo, pesquisando e vasculhando possibilidades, até se deparar com O Perfeito Cozinheiro das Almas deste Mundo, o diário assinado por Oswald de Andrade“.
Segundo ela, aquele livro abriu um universo: “eu me deparo com o livro… e ele conta, de forma muito desencontrada, uma história desse romance trágico dessa mulher com esse cara. Mas muito fragmentado, é um diário com múltiplas vozes, múltiplas escritas, mãos, pedacinhos de jornal da época, grampinhos de cabelo, poesias…”
Perguntada sobre o desafio de reconstruir uma figura feminina tão apagada pela história – ainda mais diante de registros esparsos, quase um quebra-cabeça – a atriz revelou o impacto desse processo: “é muito impressionante, porque é uma personagem que morre muito jovem, né? Ela morre com 19 anos, ela faz um aborto…” A fragilidade desse legado, conta ela, torna tudo ainda mais urgente: “é isso: é uma personagem que não deixa lastro. Você não tem vida, não tem obra…”
Luiza explica que, segundo relatos do próprio diário, Ciclone teria entregado ao Oswald um livro que estava escrevendo, pedindo que ele o publicasse caso algo acontecesse. “Ela entrega na mão dele e pede pra que ele publique o livro. E ela diz: ‘a arte é tão longa e a vida é tão curta’. Ela sabia que ela estava morrendo”.
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