005-francis-ford-coppola-papo-de-cinemaVencedor de 5 Oscars, 4 Globos de Ouro, 3 prêmios da Associação de Diretores de Cinema dos EUA e de troféus nos festivais de Cannes, Berlim e Veneza. Francis Ford Coppola é um dos mais bem sucedidos realizadores do cinema norte-americano do século XX. Nascido em 1939, em Detroit, filho de um compositor e músico e de uma atriz, estudou Cinema na Universidade da Califórnia (UCLA) e começou sua carreira como estagiário do mestre Roger Corman. Aos poucos, sob forte influência de Alfred Hitchcock e da Nouvelle Vague francesa, começou a assinar seus primeiros projetos, associando-se a nomes de renome como Fred Astaire, Tennessee Williams e George C. Scott. Tudo isso ainda antes dos 30 anos.

francis-ford-coppola-papo-de-cinemaFoi quando recebeu o convite para adaptar para a tela grande o romance O Poderoso Chefão, de Mario Puzo. Sem um maior apreço pela obra, decidiu investir seu olhar autoral no projeto. Sendo o mais jovem no set de filmagem, sofreu pressões diversas, do elenco, dos técnicos e do estúdio. Tudo anunciava uma catástrofe, mas o resultado acabou entrando para a história da sétima arte. No começo da década de 1970 travou parceria com o também novato George Lucas na produtora American Zoetrope, que durou menos de dois anos. Porém, com o sucesso da saga da família mafiosa italiana, seu status estava em alta novamente.

02-francis-ford-coppola-papo-de-cinemaA Conversação, de 1974, lhe rendeu a primeira Palma de Ouro em Cannes, e com O Poderoso Chefão 2, lançado no mesmo ano, conseguiu um feito surpreendente: foi indicado simultaneamente ao Oscar de Melhor Direção pelos dois filmes. A década terminou entre o céu e o inferno: Apocalypse Now, de 1979, conquistou também a Palma de Ouro em Cannes, além de novas indicações ao Oscar. Porém as filmagens no Vietnã foram tão caóticas que Coppola precisava se reinventar. Nos anos 1980 a orientação era ser mínimo, principalmente após O Fundo do Coração (1981), projeto dos sonhos do diretor que se revelou um grande fracasso.

01-francis-ford-coppola-papo-de-cinemaDois romances de Susan Eloise Hinton renderam filmes pequenos, porém cultuados: Vidas sem Rumo e O Selvagem da Motocicleta, ambos de 1983. Peggy Sue: Seu Passado a Espera, de 1986, e Tucker: Um Homem e seu Sonho, de 1988, receberam indicações ao Oscar e foram bem recebidos pela crítica. Mas ele próprio só voltaria a concorrer por O Poderoso Chefão 3, de 1990, longa indicado em 7 categorias – inclusive a Melhor Filme e Direção – porém derrotado em todas elas. Drácula de Bram Stoker, de 1992, foi o maior sucesso comercial de sua carreira, o que o deixou novamente em alta. Mas o momento já era outro. A partir dos anos 1990, Coppola trabalhou para pagar dívidas, aceitando filmes como Jack (1996) e O Homem que Fazia Chover (1997) apenas para quitar obrigações com os estúdios. Seu olhar autoral levou mais uma década para se encontrar, com o lançamento de Velha Juventude (2007), indicado ao Independent Spirit Award, e Tetro (2009), selecionado para o Festival de Cannes.

A vida pessoal, as parcerias familiares – com o pai, a irmã, os filhos e com o sobrinho (todos, sem exceção, ou vencedores ou indicados ao Oscar) – e os altos e baixos de uma carreira brilhante, porém repleta de tropeços. Dividido em quatro módulos – Coppola, Chefão, Apocalipse e Tetro – o curso O Apocalipse do Chefão promete ilustrar, de modo bastante dinâmico e interativo, todos os principais momentos da carreira do cineasta, com cenas dos seus principais filmes, exemplos práticos das influências que determinaram seus grandes trabalhos, a relação entre o seu lado pessoal e a ficção exposta na tela e muito mais. Uma jornada intensa e detalhada sobre a vida e a obra de um dos maiores nomes do cinema mundial, dentro e fora de Hollywood.

 

COPPOLA

 

CHEFÃO

 

APOCALIPSE

 

TETRO

 

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ROBLEDO MILANI
Crítico de cinema, é editor-chefe do site Papo de Cinema. É vice-presidente da ACCIRS – Associação dos Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul – e membro-fundador da ABRACCINE – Associação Brasileira dos Críticos de Cinema. Frequenta regularmente todos os principais festivais de cinema do país, tendo sido membro de júris em Gramado, Recife, Fortaleza e Porto Alegre, entre outros. Foi criador e diretor do Programa de Cinema, da antiga TVCOM, comentarista da Rádio Itapema e colaborador de revistas como Aplauso e Júnior. Já ministrou os cursos “O Fantástico Cinema de Steven Spielberg” (2011), “Marilyn Monroe: Mito Eterno” (2012), “Tarantinescas: O Cinema de Quentin Tarantino” (2014), “Almodóvar de A a Z” (2014), “Tim Burton: O Poeta das Sombras” (2014) e “Federico Fellini: Il Maestro” (2015).

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