Nesta sexta-feira, 31 de julho, às 20h30, Porto Alegre recebe a exibição única do filme Sem Dentes: Banguela Records e a Turma de 94 (2015), de Ricardo Alexandre, na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar). A exibição do documentário sobre o selo que lançou bandas como Raimundos e Mundo Livre S/A é uma promoção da rádio web Mínima FM. A entrada é franca.

O eixo central do filme, como seu nome diz, é a história do Banguela Records, um selo independente criado pelos Titãs ao lado do produtor Carlos Eduardo Miranda, com financiamento e distribuição da gravadora Warner Music. O Banguela teve história curta e marcante, lançando, entre outros, os Raimundos (o primeiro disco de ouro de um selo indie no Brasil), Mundo Livre S/A, Little Quail & The Mad Birds, Maskavo Roots e Graforreia Xilarmônica, além do projeto paralelo dos titãs Branco Mello e Sergio Britto, o trio Kleiderman.

Ali também se cristalizou a identidade musical daquela geração: o cruzamento de influências brasileiras processadas com o que de mais moderno se fazia no rock internacional. E por suas salas passaram quadrinistas, ilustradores, jornalistas, grafiteiros, produtores de shows e malucos em geral, que criaram a geração “mais original, mais rica que o Brasil havia tido até então”, nas palavras de Miranda.

Desde março de 2014 quando começou a ser rodado, a equipe fez mais de 20 entrevistas com músicos, produtores, jornalistas e gente que construiu a história do selo e da geração do início dos anos 1990. Imagens raras e inéditas misturam-se a vídeos clássicos da época compondo um mosaico revelador e emocionante.

Este é o quarto documentário do jornalista Ricardo Alexandre, ex-diretor de redação das revistas Bizz, Trip e Época São Paulo, e ganhador do Prêmio Jabuti 2010 pela biografia Nem vem que não tem: A Vida e o Veneno de Wilson Simonal. Além de dirigir o filme, Ricardo assina o roteiro ao lado do também jornalista Alexandre Petillo. Veteranos do jornalismo musical brasileiro, os dois se valeram da grande intimidade com os entrevistados e da fartura de material colhido para imprimir um ritmo ágil ao filme. Outra preocupação da dupla desde o início foi fugir tanto quanto possível do tom saudosista que um trabalho como Sem dentespoderia ter. “Estamos muito satisfeitos que todo o filme aponte para o presente e para o futuro, para o que está sendo feito de bom hoje, e use as lições da turma de 1994 como um incentivo para quem quiser revolucionar tudo de novo”, diz Ricardo.

Confira o trailer:

(Fonte: Sala P.F. Gastal)

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