O grande vencedor do Festival de Cannes 2015, levando a Palma de Ouro de Melhor Filme, foi o longa francês Dheepan, de Jacques Audiard, diretor diretor que já participou do evento antes com os longas Um Herói Muito Discreto – premiado como Melhor Roteiro em 1996 – O Profeta – que ganhou o Grande Prêmio do Júri em 2009 – e Ferrugem e Osso – exibido na mostra competitiva de 2012. “O que me interessa é o olhar do outro, a forma como vemos aqueles que vendem rosas nas esplanadas dos restaurantes. Essas pessoas vêm de algum lado”, comentou o cineasta ao agradecer a escolha.

A premiação deste ano, feita pelo júri presidido pelos irmãos Joel e Ethan Coen, foi fortemente francesa. O melhor ator foi Vincent Lindon, por La Loi du Marché, enquanto que a melhor atriz por Emmanuelle Bercot, por Mon Roi – ela, na verdade, ganhou empatada com a norte-americana Rooney Mara, por Carol. “Tenho a impressão de que todos os papeis de antes convergiram para chegar um dia ao que dou neste papel”, comentou Lindon. Já Bercot, premiada pela terceira vez no festival – ganhou com o curta Les Vacances (1997) e o Prêmio da Juventude pelo longa Clément (2001) – afirmou: “espero ter um dia novamente um papel tão bonito quanto esse, mas não é fácil”. Duas coproduções brasileiras também foram premiadas no festival: La Tierra y la Sombra, do colombiano Cesar Augusto Acevedo, ganhou o troféu Câmera de Ouro, enquanto que Paulina, do argentino Santiago Mitre, saiu com o principal prêmio da Semana da Crítica. Confira abaixo a relação completa de premiados deste ano:

Palma de Ouro: Dheepan, de Jacques Audiard
Grande Prêmio do Júri: Saul Fia (The Son of Saul), de Lászlo Nemes
Direção: Hou Hsiao-Nie, por Yinniang (The Assassin)
Atuação Masculina: Vincent Lindon, por La Loi du Marché (The Measure of a Man)
Atuação Feminina: Emmanuelle Bercot, por Mon Roi, e Rooney Mara, por Carol
Roteiro: Michel Franco, por Chronic
Prêmio Especial do Júri: The Lobster, de Yorgos Lanthimos
Caméra d’Or: La Tierra y La Sombra, de Cesar Augusto Acevedo
Melhor Curta: Waves ’98, de Ely Dagher

Mostra Un Certain Regard
Melhor Filme: Hrútar (Rams), de Grímur Hákonarson
Prêmio do Júri: Zvizdan (The High Sun), de Dalibor Matanic
Direção: Kiyoshi Kurosawa, por Kishibe No Tabi (Journey to the Shore)
Prêmio Un Certain Talent: Comoara (Treasure), por Corneliu Porumboiu
Prêmio do Futuro (ex aequo): Masaan, de Neeraj Ghaywan, e Nahid, de Ida Panahandeh

CinéFondation
Primeiro Prêmio: Share, de Pippa Bianco (EUA)
Segundo Prêmio: Locas Perdidas, de Ignacio Juricic Merillán (Chile)
Terceiro Prêmio: The Return of Erkin, de Maria Guskova (Rússia), e Victor XX, de Ian Garrido López (Espanha)

(Fonte: Festival de Cannes)

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