Por volta das 5h da manhã desta quinta-feira (26), foi anunciada a morte do humorista Jorge Loredo, que ficou famoso na TV pelo papel de Zé Bonitinho. Desde o último dia 3 de fevereiro ele estava internado no Hospital São Lucas, Zona Sul do Rio de Janeiro, onde permaneceu em estado grave. Ele sofria de enfisema pulmonar e de uma doença crônica que obstruía os pulmões, que o levaram à falência múltipla de órgãos.

Loredo começou a se destacar em 1960, na extinta TV Rio. O topete e as roupas coloridas daquele que seria seu principal personagem já eram usadas no esquete O Bárbaro, do programa Noites Cariocas. A inspiração vinha de um cozinheiro que ele conheceu em um restaurante de beira de estrada, que apesar da aparência, sempre tinha algo para dizer para mulheres que passavam pelo local. O personagem do conquistador barato e exagerado marcaria a carreira do comediante carioca.

Longe da TV e fora do personagem clássico, atuou com grandes cineastas, e fez cerca de 10 filmes. Na telona, sua primeira aparição foi na comédia Um Caso de Polícia (1959). Depois disso, apareceu em outros filmes, como Sem Essa, Aranha (1970) e O Abismo (1977), do premiado diretor Rogério Sganzerla. Trabalhou em Tudo Bem (1980), longa de Arnaldo Jabor premiado como Melhor Filme no Festival de Brasília, e Chega de Saudade (2007), de Laís Bodanzky, obra indicada em 12 categorias no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, inclusive como Melhor Filme.

Dos longas em que atuou, o mais conhecido foi o último, O Palhaço (2011), dirigido por Selton Mello, vencedor de mais de 40 prêmios em festivais de todo o mundo. Não foi a primeira vez em que os dois estiveram juntos em uma produção. Em 2006, na estreia de Mello como diretor de cinema, Loredo atuou no curta-metragem Quando o Tempo Cair (2006).

Trabalhou com grandes nomes do humor brasileiro, como Chico Anysio, Moacyr Franco e Ronald Golias, mas ao contrário dos três, que tiveram shows próprios, Loredo passou boa parte de sua trajetória como coadjuvante. Entre outros personagens seus, estiveram o costureiro François Paetê e o mendigo My Lord, que o levou a trabalhar em Praça da Alegria, apresentado por Manoel da Nóbrega, nos anos 1970.

Autor de bordões como “Garotas do meu Brasil varonil: vou dar a vocês um tostão da minha voz…!” e “Mulheres, atentem para o tilintar das minhas sobrancelhas”, Zé Bonitinho, ou “o perigote das mulheres”, foi uma das principais atrações de A Praça é Nossa, uma reedição de Praça da Alegria que foi ao ar a partir de 1987, no SBT, sendo apresentado pelo filho de Manoel da Nóbrega, Carlos Alberto. O programa ainda existe, e Loredo foi parte do elenco até 2013.

(Fonte: Redação PdC)

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