O III Festival de Cinema da Fronteira, que acontece de 10 a 17 de dezembro em Bagé, interior do Rio Grande do sul, apresenta extensa programação e se firma no calendário de festivais do país. Entre os homenageados estarão dois ícones do Cinema Brasileiro de Vanguarda, a atriz Helena Ignêz e o pesquisador Jean-Claude Bernadet.

Em suas duas primeiras edições, 2009 e 2010, o Festival de Cinema da Fronteira foi praticamente uma experiência desbravadora. Realizado com vontade e determinação pelos voluntários do Centro Histórico Vila de Santa Thereza, visa valorizar a produção regional estabelecendo diálogos com o cinema contemporâneo e latino.

Helena Ignez

Em 2011, celebrando os 200 anos da cidade, o Festival assume novas dimensões. Sendo realizado pela Secretaria de Cultura da Prefeitura e produzido pela Primeiro Corte Produções. A ideia é tornar a região um pólo cinematográfico, firmando-se como referência de produção artística, iniciada com o lendário grupo de Bagé, nas artes visuais.

O Programa Cinema da Fronteira, idealizado pela Secretaria de Cultura de Bagé, vem oferecendo oficinas gratuitas de audiovisual, fomentando ações cineclubistas e mostras informativas em escolas e espaços públicos. A região foi uma das locações do premiado filme uruguaio O Banheiro do Papa (2007) e, atualmente, é o cenário principal de O Tempo e o Vento, novo longa-metragem de Jayme Monjardim, previsto para ser lançado em 2012. Para tanto, está sendo construída a cidade cenográfica de Santa Fé, contando com mão-de-obra local.

O Banheiro do Papa

Duas mostras competitivas – Bagé 200 anos e Mostra Binacional – e três mostras não competitivas – Yaya Vernieri, Festin Bagé – Mostra da Lusofonia, e Mostra de Longas-Metragens, compõem o III Festival de Cinema da Fronteira. O evento presente se firmar como uma janela de exibição da produção regional, brasileira e uruguaia, criando um espaço de confluência cultural na região da campanha.

Paralelamente a esses objetivos, o festival busca a integração dos municípios de Candiota, Hulha Negra e Aceguá, cidades ligadas por laços afetivos e históricos. A produção cinematográfica uruguaia também será contemplada em mostra especial, visando à integração entre os povos da fronteira sul.

A curadoria do Festival é assinada pela jornalista, atriz e realizadora cearense Aurora Miranda Leão, contando com a colaboração de uma comissão artística formada por Carmem Barros, Eliane Pacheco, Fabiane Lázzaris, Lisandro Moura, Sandra Carmerine, Vera Medeiros e Zeca Brito, artistas de Bagé. No júri de seleção da mostra competitiva binacional estão os realizadores gaúchos Boca Migotto, Frederico Ruas e Virgínia Simone. Ao todo, foram inscritos mais de 120 filmes.

Jean-Claude Bernardet

Além das mostras, o festival apresenta uma programação paralela envolvendo shows, performance do grupo Falos e Stercus, apresentações ao ar livre, gastronomia e ações sócio-ambientais, estas um dos carros-chefe do evento. Em 2011, Bagé, conhecida como Rainha da Fronteira por sua localização geográfica estratégica nas demarcações territoriais brasileiras, completa 200 anos de fundação. Para assinalar a celebração, a Prefeitura vem firmando parceria com diversas instituições, unindo-se à comunidade de modo a marcar indelevelmente esta passagem de tempo. O objetivo maior do III Festival de Cinema da Fronteira é cunhar a marca do Cinema na história presente da bicentenária Bagé.

 

Confira os filmes selecionados:

Do total de inscritos, foram selecionados 30 curtas-metragens de todas as regiões do país que enviaram trabalhos. Portanto, o festival exibirá todos os gêneros, englobando Ficção, Documentário, Animação e Experimental, com curtas do Rio Grane do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Maranhão, totalizando nove estados de quatro regiões brasileiras.

 

Animação

Céu, Inferno e Outras Partes do Corpo
  • Céu, Inferno e Outras Partes do Corpo, de Rodrigo John (RS), 7m33s
  • O Céu no Andar de Baixo, de Leonardo Cata Preta (MG), 15m
  • A Fábula da Corrupção, de Lisandro Santos (RS), 8’15”
  • Brecha, de Júlia Araújo e Nathália D’Emery (PE), 6m
  • O Ogro, de Márcio Júnior e Márcia Deretti (GO), 8m

 

Ficção

Corneteiro não se mata
  • Abate, de Lucas Sá (MA), 14m10s
  • Corneteiro não se mata, de Pablo Müller (RS), 19m
  • O Silêncio do Tempo, de Andre Cohim (PE), 9m
  • Mantegna, de Meloo Viana (PR), 10m
  • Doce de Coco, de Allan Deberton (CE), 15m
  • Apenas um, de Leo Tabosa (PE), 7′58″
  • Um Conto à Deriva, de Germano Oliveira (RS), 15m
  • Pronta Entrega, de André Miguéis (RJ), 11m21s
  • As Folhas, de Deleon Souto (PB), 15m
  • O Cão, de Abel Roland e Emiliano Cunha (RS), 9m39s
  • Trajeto, de Leonardo Wittmann (RS), 14m
  • Marcovaldo, de Cíntia Langie e Rafael Andreazza (RS), 14m
  • Quando a casa cresce e cria limo, de Amanda Copstein e Filipe Matzembacher (RS), 14m26s
  • You Bitch Die!!!, de Lucas Sá (MA), 3m
  • Antoninha, de Laércio Ferreira (PB), 19’49”
  • A Invasão do Alegrete, de Diego Müller (RS), 21m30s
  • Asfixia, de Fábio Aguiar (SP), 145’0’’

 

Documentário

Poliamor
  • Travessia, de Kennel Rógis (PB), 14m
  • Poliamor, de José Agripino, (SP), 15m
  • Mato Alto Pedra por Pedra, de Arthur Leite (CE), 15m
  • Kinopoéticas Katari Kamina, de Pedro Dantas (SP), 15m
  • Sete Voltas, de Rogério Nunes (SP), 20m
  • O Brasil de Pero Vaz de Caminha, de Bruno Laet (RJ), 17’40’’
  • Biliu – O maior carrego do Brasil, de Lau Barbosa (PB), 15′
  • Uma, de Alexandre Barcellos (ES), 14m51s

 

A programação completa pode ser conferida no site http://www.festivaldafronteira.com.br/

 

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