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Hans Petter

Com patrocínio do Real Ministério das Relações Exteriores da Noruega, a Cinemateca Brasileira, em parceria com a Embaixada Real da Noruega, com o Norwegian Film Institute e com o Films From the South Festival, apresenta em novembro uma retrospectiva inédita do diretor Hans Petter Moland, um dos principais nomes do cinema norueguês contemporâneo. Nascido em Oslo, em 1955, Moland estudou cinema e teatro na Emerson College, em Boston, graduando-se em 1978. Depois de se formar, o jovem cineasta dirigiu comerciais e videoclipes, empregando-se na Giraldi Productions, renomada produtora com sede em Nova York. Os anos passados na América foram fundamentais para a construção de seu olhar sobre o cinema. Moland não apenas vivenciou as contradições sociais do país, presenciando a dura realidade dos guetos, como também tomou contato com uma das épocas de ouro do cinema norte-americano, representada por autores como Martin Scorsese, Francis Ford Coppola e Terrence Malick. Retornando ao seu país natal em 1985, fundou a Moland Film Co., que se tornou a maior produtora de comerciais da Escandinávia, recebendo prêmios em Cannes e nos Estados Unidos. Em 1993, Moland debutou como diretor de cinema em O Último tenente, longa-metragem que revisita a história da resistência norueguesa às tropas de Hiltler durante a ocupação nazista do país na Segunda Guerra Mundial.

No entanto, foi com Zero Kelvin – Sem Limites, dois anos mais tarde, que Moland obteve reconhecimento de crítica e público, sendo agraciado com premiações dentro e fora de seu país. Melhor filme no Amanda Awards de 1996, principal honraria cinematográfica de seu país, Zero Kelvin – Sem Limites é um poderoso drama psicológico centrado em três personagens – um poeta, um marinheiro e um cientista – que se reúnem inesperadamente numa cabana solitária na gélida Groenlândia.

Além destes dois filmes, a Retrospectiva Hans Petter Moland reúne todos os demais longas-metragens do diretor, a maioria deles inédita no Brasil, e o curta-metragem United we stand. Contando com participação de Charlotte Rampling, que recentemente atuou em Melancolia, de Lars von Trier, Aberdeen investe sobre a dramática relação entre um pai alcoólatra e sua filha viciada em drogas. Indicado ao Urso de Ouro no Festival de Berlim de 2004, Uma Vida Nova é um verdadeiro épico sobre um jovem vietnamita que tenta encontrar na América o seu pai biológico, um ex-soldado da Guerra do Vietnã. Produzido por Terrence Malick, diretor de Além da Linha Vermelha e A Árvore da vida, o filme conta com atuações marcantes dos astros Nick Nolte e Tim Roth. Já Camarada Pedersen, primeira incursão do diretor pelo terreno da comédia, também retoma um momento da história do país no Século XX: a efervescência dos movimentos de esquerda na Noruega do final dos anos 1960. O filme é adaptado de um romance de Dag Solstad, um dos principais autores da literatura contemporânea norueguesa. Completando a programação, Um Homem gentil, lançado em 2010 e inédito nas salas brasileiras, tanto no circuito comercial quanto no de Festivais, é estrelado pelo rosto mais conhecido do cinema escandinavo contemporâneo: o sueco Stellan Skarsgård, presença constante nos filmes de Lars von Trier e em super-produções norte-americanas como Thor, Mamma Mia!, Time code, Ronin e Amistad, dentre muitas outras. Flertando com o filme policial, Um Homem Gentil também concorreu ao Urso de Ouro no Festival de Berlim.

Por ocasião da abertura do evento, a Cinemateca Brasileira recebe o diretor Hans Petter Moland para um bate-papo com o público, durante o qual ele promete falar sobre sua carreira, seu método de trabalho e suas influências. A conversa terá tradução simultânea e será realizada após a sessão do filme mais recente do diretor, Um Homem Gentil, na terça-feira, dia 15, a partir das 20h.

 

Fonte: Abraccine

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