O cineasta russo Sergei Eisenstein é tema de uma das retrospectivas do X Panorama Internacional Coisa de Cinema. Reunindo O Encouraçado Potemkin (1925), Outubro (1928), A Greve (1925), Ivan, O Terrrível (1944), e Que Viva México! (1932), a mostra acontece entre 30 de outubro e 05 de novembro, com sessões na Sala Walter da Silveira (Rua General Labatut, número 27, Barris – prédio da Biblioteca Central) e no Espaço Itaú de Cinema – Glauber Rocha (Praça Castro Alves, s/n).

O primeiro filme a ser exibido será O encouraçado Potemkin, talvez um dos filmes mais conhecidos do diretor, sobretudo pela sequência na escadaria de Odessa. No filme, um levante ocorrido no navio de guerra Potemkin é uma espécie de presságio da Revolução de 1917. Quando alguns marinheiros se recusam a comer a carne estraga que lhes dão, os oficiais do navio ordenam sua execução. A tensão aumenta e gradativamente a situação sai do controle.

Também encomendado pelo regime soviético, A Greve se passa em 1912 e mostra uma greve de operários brutalmente reprimida pela polícia. Já Outubro, encena o acontecimento do processo revolucionário russo em tom de documentário. O filme aborda o governo provisório pós-czarista, as primeiras vitórias de Lênin e sua prisão, e termina com a tomada do poder pelos bolcheviques.

O épico histórico Ivan, O Terrível, tem sua primeira parte focada em Ivan IV, arquiduque de Moscou, que, em 1547, se autoproclama o czar da Rússia e se prepara para retomar territórios russos perdidos. Ele supera uma série de dificuldades e intrigas, e manipulando as pessoas se consolida no poder.

Na sequência, Ivan encontra-se sozinho na luta pela unificação da Rússia e enquanto tenta expulsar os invasores, precisa escapar das constantes tentativas de assassinato  tramadas pelos inimigos. Stalin fez objeções à forma como o czar foi retratado, frágil e vacilante, o que resultou na proibição do filme na Rússia até 1958.

Fechando a retrospectiva, o X Panorama exibe Que Viva México!, documentário realizado na década de 30, que se debruça sobre a cultura do México, da época pré-hispânica até a revolução mexicana. O filme teve uma série de problemas de produção e nunca chegou a ser montado por Eisenstein. Apenas em 1979, a partir dos storyboards originais, o documentário ganhou sua versão final pelas mãos de Grigori Aleksandrov.

Realizado em Salvador e Cachoeira, o Panorama é uma iniciativa da produtora Coisa de Cinema em parceria com o Cineclube Mário Gusmão, projeto de pesquisa e extensão do curso de Cinema e Audiovisual do CAHL/UFRB. O festival conta com o patrocínio da Petrobras e do Governo do Estado da Bahia, através do Fundo de Cultura.

(Fonte: Quarta Via)

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